Programa:

Arquitetura e Urbanismo (15001016063P4)

Nome:

Caracterização de padrões de urbanização portadores de sociobiodiversidade na Amazônia Oriental

Data de Ínicio:

01/01/2017

Natureza do Projeto:

PESQUISA

Situação do Projeto:

CONCLUÍDO

Descrição:

Essa proposta tem como objetivo caracterizar padrões de urbanização no contexto amazônico, a fim criar um repertório espacial do urbano-natural que possa garantir e fortalecer a a sociobiodiversidade amazônica. Nessa via, tomamosa cidade como meio para irradiação de novos valores, de avanços técnicos, sociais e econômicos. Lugar em potencial para a inovação tecnológica e social e para (re)construção de relações socionaturais. Dessa perspectiva emerge a reflexão sobre a promoção de desenvolvimento endógeno, a partir da recuperação de saberes, práticas, formas de gestão, e da combinação dessas capacidades a novas tecnologias. O urbano amazônico, híbrido e sob rápida transformação, onde temporalidades, modos de vida e a produção do espaço estão entrelaçados, constitui uma janela de oportunidade para que processos e formas espaciais mais compatíveis com a construção de uma verdadeira emancipação socioeconômica e de acesso à cidadania, assim como para que novas reflexões epistemológicas, ligadas ao relacionamento entre sociedades e natureza, possam ser incorporadas à análise e gestão de dinâmicas territoriais. No entanto, tal complexidade e diversidade do urbano amazônico tem se mantido invisível perante as práticas do urbanismo e das políticas urbanas contemporâneas e, progressivamente substituídas por práticas modernas. Diante disso, a presente proposta procura suporte nas parcerias disciplinares, para complementar a capacidade de análise espacial e morfológica da proponente, destacando-se a formulação proveniente da economia do conceito de sociobiodiversidade (Silva 2015, Hecht 2014, Erikson 2008) , a aplicação da concepção de trama verde e azul, e a aproximação entre planejamento urbano e ecologia da paisagem. Assumindo que há uma ausência de investigação sobre as práticas territoriais vernáculas amazônica, que compreendam os padrões de distribuição da população no território considerado rural, em localidades e vilas, e a conexões destes assentamentos com o espaço reconhecido como urbano (a cidade), sustenta-se a hipótese de redução das possibilidades de inovação na gestão territorial (e também urbana, rural e ambiental) e a da plena realização do potencial sócio econômico cultural e ambiental local, na medida em que as suas estruturas espaciais são apagadas antes mesmo de serem (re)conhecidas e compreendidas.