Programa:

Arquitetura e Urbanismo (15001016063P4)

Nome:

Belém dos Ecletismos: Arquitetura na cultura da metrópole amazônica

Data de Ínicio:

01/01/2017

Natureza do Projeto:

PESQUISA

Situação do Projeto:

CONCLUÍDO

Descrição:

A compreensão da Belém como cidade, em que a estética do Ecletismo sobressai, norteia esta pesquisa que congrega as investigações executadas no Laboratório de Memória e Patrimônio Cultural (FAU/UFPA), na rede de pesquisa formada pelo Grupo Saúde e Cidade: arquitetura, urbanismo e patrimônio cultural, Grupo Cidade, aldeia e patrimônio, Grupo Representações, imaginário e tecnologia e no Gabinete das Misericórdias, Linha de Investigação Metamorfoses da Herança Cultural. O intercâmbio se consolida com o ARTIS e o CLEPUL da Universidade de Lisboa, com a Universidade Nova de Lisboa, e com a FAU USP. A cultura eclética permanece dominante na identidade cultural local, sendo estudada no seio da Arquitetura assistencial e nas investigações sobre transferência de tecnologia, em que a percepção multidisciplinar do fenômeno trazida para consolidar e justificar ações de preservação do patrimônio arquitetônico, dialoga com a arquitetura contemporânea. O estudo do estuque como técnica ornamental adotada no período é também parte da constelação de imagens que se pretende formar para a compreensão da cidade em sua dimensão real e imaginária. O locus da pesquisa abrange o Centro Histórico assim definido pelo IPHAN como o conjunto arquitetônico, urbanístico e paisagístico dos bairros Cidade Velha e Campina, tombado em 2012 (Portaria MinC nº 54, de 8 de maio de 2012), atingindo sua extensão no bairro de Nazaré, no qual destacam-se influências várias do ecletismo desde a metade do século XIX até as primeiras décadas do século XX. O Ecletismo é, deste modo, entendido como um modo de ser e viver expresso na cultura material produzida na cidade de Belém no auge econômico da exportação da borracha, em que os ecos europeus fazem-se sentir em todas as camadas, criando um cenário que, a todo custo, tenta encobrir as mazelas sociais, que eclodem em eventos como as epidemias. Neste contexto, a construção de hospitais e cemitérios emerge como emblemática da tentativa de ordenar e disciplinar culturas e modos de vida antagônicos, expressando os desejos de civilização das elites locais.