Inovar no ensino é uma necessidade fundamental no século XXI. Decidimos investigar e desenvolver inovações que implicassem em prazer, encantamento e beleza, e para isso partimos do pressuposto de que a capoeira e o uso de imagens de fluorescência em oficinas dialógicas nos contextos da educação formal não formal promovem a criatividade, a reflexão e a consciência crítica, podendo ser utilizadas como estratégias pedagógicas na perspectiva da CienciArte para a promoção da saúde. Nesse sentido, o objetivo geral do presente estudo foi avaliar o potencial do uso da capoeira e de imagens de imunofluorescência em oficinas de CienciArte como estratégia pedagógica para a promoção da saúde. Concebemos, desenvolvemos e aplicamos uma oficina intitulada “Capoeirarte”, nos contextos da educação formal e não formal, abordando o sistema respiratório e doenças respiratórias. E concebemos, desenvolvemos e aplicamos uma segunda oficina intitulada “Fluorarte” que abordou dois temas distintos: doença de Chagas, desenvolvida no contexto da educação não formal dentro do “Expresso Chagas 21” uma tecnologia que aborda esse tema, e câncer, desenvolvida no contexto da educação formal para ambiente escolar. Durante o trabalho de campo avaliamos as oficinas por meio da observação participante, entrevistas projetivas, questionários com questões abertas e rodas dialógicas. Constatamos a aceitabilidade da capoeira como ferramenta pedagógica para o ensino de biologia contribuindo para a reflexão sobre a prevenção de doenças e o estímulo de um estilo de vida saudável. A oficina Fluorarte Chagas contribuiu para dar visibilidade ao enfrentamento da doença de Chagas. Descrevemos as condições sociodemográficas do público participante da oficina Fluorarte Chagas que nos fizeram perceber que tais oficinas podem contribuir para educação em saúde apresentando assim um papel para a redução das inequidades em saúde. Quanto as pinturas realizadas nessa oficina percebemos que a maior parte do público participante realizou releituras das imagens observadas e preservou as características de cor e forma das imagens em suas pinturas. A oficina Fluorarte Câncer validou a oficina Fluorarte para o desenvolvimento em diferentes temáticas. Nossos resultados demonstram que as oficinas elaboradas são inovadoras e potentes estratégias educativas para a promoção da saúde porque possibilitam a sensibilização nos participantes acerca dos temas abordados. Por fim, confirmamos a relação das oficinas elaboradas com um dos referenciais teóricos da CienciArte através da correlação de suas etapas com as treze categorias cognitivas promotoras da criatividade de Robert Root-Bernstein & Michele Root-Bernstein (2001) onde todas as etapas estavam correlacionadas. As oficinas contribuem para um processo de ensino-aprendizagem numa perspectiva construtivista, reflexiva e transformadora.