Com o aumento do número de veículos automotivos fabricados nos últimos anos, eleva-se também o número de baterias utilizadas para o funcionamento do veículo. As baterias automotivas mais utilizadas para este fim são as de chumbo-ácido. Porém, quando descartadas inadequadamente, podem causar danos negativos à saúde humana e ao meio ambiente, pois essas possuem metais pesados em sua fórmula, como por exemplo, o chumbo, e esses são prejudiciais quando não tratados de forma correta. Para garantir a conservação do meio ambiente, as legislações tornaram-se mais rígidas, exigindo das empresas um comportamento ambiental mais ativo, responsabilizando-as pela completa gestão do ciclo de vida dos seus produtos. Assim surgiu a Logística Reversa, que tem a função de fazer com que o produto já utilizado, no caso as baterias automotivas, retorne à fábrica, para que seja reciclada ou descartada de forma correta. Nesse contexto, o objetivo desse trabalho foi avaliar a logística reversa em uma fábrica de baterias automotivas chumbo-ácido, localizada no noroeste do Paraná. Como metodologia, foram analisados documentos, como por exemplo, o relatório anual de 2019, e então foi feita a parte de caracterização da empresa. A partir de visitas ao local e de um mapeamento vertical, também conhecido como fluxograma, foi exposto como é realizada a fabricação das baterias automotivas, bem como a logística reversa exercida pela fábrica. Com isso, foi possível identificar quais atividades a empresa realiza em cada etapa da fabricação, e então, os aspectos e impactos ambientais de cada atividade. Dessa forma, foi aplicada a Matriz de Leopold adaptada, a fim de conhecer quais atividades são potencialmente impactantes. E por fim, foram aplicados os Indicadores de Desempenho da logística reversa, com o intuito de conhecer quais pontos estão sendo melhorados por essa prática dentro da fábrica e também ao meio ambiente. Como resultado obteve-se que o aspecto mais impactante ao ambiente é a geração de emissões atmosféricas, seguido de geração de resíduos sólido Classe I – Perigosos na etapa de forno, e em terceiro lugar o consumo de materiais e matéria-prima também na etapa de forno. E com os Indicadores de Desempenho da logística reversa tem-se que a Perspectiva Ambiental teve maior porcentagem. O que significa que seu desempenho é melhor quando comparado a Perspectiva Operacional e a Política. Isso ocorre porque a Perspectiva Ambiental deixou a desejar somente no item Uso de Energia, já que a empresa não utiliza nenhum meio de fonte renovável para obtenção de energia elétrica. O valor final dos indicadores foi de 74,75%, o que indica um nível bom. Sendo assim, pode-se afirmar que melhorando os resultados dos Indicadores de Desempenho da logística reversa, melhorará os valores da Matriz de Leopold Adaptada, e vice-versa. Assim, foi possível concluir que a empresa contribui para a redução dos impactos ambientais que ela pode causar.