A presente pesquisa trata-se de uma pesquisa exploratória, que utiliza como instrumento de coleta de dados uma entrevista com roteiro semiestruturado aplicada em 25 Psicólogos que trabalham com atendimento infantil, tendo como principal objetivo investigar como estes percebem a produção de diagnósticos e, consequentemente, como procedem diante de encaminhamentos de crianças com hipótese diagnóstica de transtornos de aprendizagem e de conduta, especificamente. A pesquisa justifica-se pelo aumento de diagnósticos de transtornos de aprendizagem e conduta na infância, e consequentemente, o crescimento da medicalização infantil. Considerando que as crianças identificadas por profissionais de saúde e/ou de educação são frequentemente encaminhadas para tratamento psicoterapêutico, cabe investigar como os profissionais que recebem essa demanda percebem a produção do diagnóstico e se desenvolvem práticas também medicalizantes. Foi realizada uma revisão sistemática da literatura, utilizando as bases de dados Scientific Electronic Library Online - SciELO, a Virtual Health Library -BVS e a Periódicos Eletrônicos de Psicologia (PePSIC), com a finalidade de analisar as pesquisas produzidas acerca do tema, os métodos utilizados, especialmente em relação a objetos de estudos, e os resultados alcançados dentro da temática. Os resultados preliminares evidenciam uma escassez de estudos que tenham como objeto de estudo os Psicólogos Clínicos e a necessidade de maior aprofundamento acerca do papel da psicologia diante da medicalização da educação e da vida. Portanto, a presente pesquisa exploratória objetivou colaborar com esta falta, e os resultados apontam para dados que corroboram com a revisão literatura à níveis de quantidades altas de diagnósticos com base em comportamentos, e ainda, com o fenômeno da medicalização. Apontam ainda, para uma parcela significativa de profissionais da Psicologia que desconhecem este fenômeno, e consequentemente, corroboram com essas práticas medicalizantes.