Objetivou-se avaliar os probióticos sob três diferentes perspectivas: 1.resposta emocional infantil frente ao uso; 2.tendências de uso em estudos clínicos na odontologia; e 3.conhecimento e atitudes de brasileiros. Para isso foram realizados três estudos. O primeiro, foi composto de duas fases. Na primeira, 32 crianças e adolescentes (7-14 anos) selecionaram em uma lista contendo 33 emojis aqueles que representassem suas emoções frente ao consumo de seis leites contendo diferentes culturas probióticas. Utilizou-se o método checkall- that-apply (CATA) para a determinação da lista final dos emojis que obtiveram frequência geral de escolha maior que 10% em pelo menos uma amostra. Na segunda fase, aplicou-se a lista a 132 participantes em conjunto com uma escala facial hedônica de 9 pontos para avaliação geral de gosto. O coeficiente de correlação de Pearson foi calculado para determinar a relação entre o gosto geral e a frequência dos emojis escolhidos na lista específica (p<0,05). Quinze emojis compuseram a lista aplicada na segunda fase. As formulações com maior preferência geral foram correlacionadas com emojis positivos e as menos apreciadas aos negativos. No segundo estudo realizou-se uma revisão bibliométrica de ensaios clínicos randomizados (ECRs) que utilizaram probióticos para analisar parâmetros relacionados à saúde bucal. Os estudos recuperados, após busca sistemátia, foram importados e analisados no software VantagePointTM. Análises descritivas foram realizadas nos estudos que utilizaram latícinios como veículos. 'Microbiologia', 'Cárie dentária' e 'Streptococcus mutans' foram as palavras-chave mais destacadas. Suécia e a Índia são os países com maior número de publicações. Os desfechos mais frequentes foram 'parâmetros salivares', 'doença periodontal', ‘cárie dentária' e os veículos mais utilizados foram as fórmulas farmacêuticas e laticínios. Os principais produtos lácteos probióticos investigados foram leite, leite fermentado, iogurte, kefir, coalhada e queijo. No terceiro estudo, brasileiros maiores de 18 anos responderam um questionário contendo perguntas sobre conhecimentos e atitudes relacionados ao uso de probióticos. O instrumento foi encaminhado digitalmente para indivíduos de todas as regiões brasileiras. Os dados foram analisados descritiva e estatisticamente. Do total de 1096 participantes, 91,1% já haviam ouvido falar de probióticos, 76,82% souberam identificar que probióticos são microrganismos, 48,7% conheceram os probióticos através de um profissional de saúde, e 37,8% acreditam se tratar de um suplemento alimentar. Mulheres e indivíduos de escolaridade mais alta ouviram falar mais sobre probióticos, demonstraram maior conhecimento e maior consumo, acreditam em seus benefícios para a saúde bucal e aceitaria consumir por indicação. Houve influência das regiões brasileiras nas repostas obtidas sobre a definição de probióticos. Concluiu-se que: 1. o uso de uma lista de emoji parece uma interessante alternativa para realizar a análise emocional de crianças, sendo eficiente na discriminação das amostras; 2. existe uma crescente produção de ECR com probióticos em odontologia, embora sem consenso quanto aos protocolos e cepas probióticos definidas para cada patologia apesar de as espécies de lactobacilos terem sido as mais aplicadas; 3. a maioria dos brasileiros avaliados demonstraram conhecer e consumir probióticos. Além disso ser mulher, possuir maior escolaridade e ser de diferentes regiões influenciaram no padrão das respostas.