O tratamento químico de sementes on farm é uma das ferramentas mais importantes no manejo integrado de pragas e doenças iniciais das culturas. Apesar de ser amplamente utilizado, são poucos os estudos sobre o tratamento on farm quanto aos impactos na qualidade fisiológica das sementes, a qual pode variar conforme genótipo e produto utilizados e o tempo de armazenamento das sementes após o tratamento. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos fisiológicos do tratamento on farm e armazenamento de sementes de híbridos précomerciais de milho. Sementes de híbridos pré-comerciais da Bayer (BAY01, BAY02 e BAY03) foram tratados com quatro tratamentos (Imidacloprid + Tiodicarbe + calda básica (P1); Fipronil + calda básica (P2); Bifentrina + Imidacloprid + calda básica (P3); MetalaxilM+Tiabendazol+Fluxodioxonil (calda básica - testemunha) e armazenadas pelos períodos de 45, 30, 15, 7 e 0 dias antes do plantio. Foram avaliados a emergência e vigor em campo, germinação em laboratório, além da determinação da concentração de peróxido de hidrogênio, peroxidação de lipídeos e atividade das enzimas antioxidantes catalase, superóxido dismutase e ascorbato peroxidase como marcadores de estresse oxidativo. O tempo de armazenamento não influenciou nenhuma das características avaliadas. O híbrido BAY03 apresentou maior sensibilidade ao tratamento de sementes, com diminuição na germinação, emergência e vigor, enquanto o híbrido BAY01 apresentou maior tolerância. O produto P3 foi o que mais afetou a qualidade fisiológica das sementes dos híbridos. Não foi detectado estresse oxidativo em nenhum dos tratamentos avaliados. Conclui-se que a qualidade de sementes tratadas variou conforme o genótipo e produto utilizados e que o produto à base de Bifentrina + Imidacloprid foi o que mais reduziu a qualidade fisiológica nos híbridos avaliados independente do tempo armazenado.