O presente estudo objetiva analisar a prática docente, sob a ótica dos professores da Sala de Atendimento Educacional Especializado – AEE, no que tange à efetivação do processo inclusivo contemplado nas Políticas de Formação de
Professores para estudantes com Transtorno do Espectro Autista – TEA. Nessa perspectiva, foi desenvolvida uma pesquisa exploratória, de abordagem qualitativa, composta por pesquisa documental dos laudos das crianças matriculadas na
instituição selecionada e da legislação específica acerca da educação especial, na perspectiva da educação inclusiva; de pesquisa de campo, com entrevistas semiestruturadas e questionário com 05 docentes da sala do AEE, sujeitos da
pesquisa que atendiam crianças com TEA, buscando: reconhecer a presença das políticas inclusivas, naqueles espaços educativos, para estudantes com TEA; averiguar a visão desses docentes frente ao trabalho que desenvolvem juntos às
crianças com TEA; identificar, sob a ótica dos docentes que atuam no AEE, os entraves que dificultam o trabalho nesses espaços para desenvolvimento dos alunos com o Transtorno do Espectro Autista. A fenomenologia foi o método que norteou o estudo acerca da realidade estudada. Buscamos, também, refletir acerca da importância da Educação Especial, na perspectiva da Educação Inclusiva, na escolarização de crianças com TEA e as práticas docentes que visam a esse desenvolvimento. O lócus da pesquisa foi uma escola da rede estadual da Paraíba, sediada na cidade de Cajazeiras, sertão do Estado. Os principais resultados obtidos refletem a ausência de incentivo, por parte do Governo estadual, para formação continuada dos docentes que atuam no Atendimento Educacional Especializado, além da falta de estruturação e manutenção do espaço destinado ao atendimento e materiais disponíveis. Como dificuldade para desenvolvimento dos trabalhos, junto às crianças com TEA, os docentes do AEE relatam a não aceitação do diagnóstico e o não reconhecimento das necessidades das crianças por parte da família e a atuação do professor da sala regular. Acerca do atendimento e trabalho das necessidades das crianças com o transtorno, no AEE, os docentes julgam conseguir contribuir para o desenvolvimento das crianças. Por fim, ressalta-se que cada etapa desenvolvida na pesquisa seguiu às normas éticas, indispensáveis à pesquisa científica.