A alimentação saudável, além de contribuir para a prevenção de agravos à saúde relacionados a fatores dietéticos, é reconhecida também como um elemento essencial para promoção do bem-estar. O Ministério da Saúde, através do Guia Alimentar para população Brasileira de 2014, sugere o consumo preferencial de alimentos in natura ou minimamente processados, em vez de produtos alimentícios ultraprocessados. Entre os alimentos ultraprocessados estão os embutidos, os conservantes são usados em grande escala nos alimentos embutidos para tornar os produtos mais atraentes, pois mantêm as características sensoriais do produto, como a cor vermelha da carne, além de maior prazo de validade, o que gera certa praticidade para o consumidor. Existem diferentes tipos de aditivos com a função de conservante que podem ser utilizados em alimentos industrializados, dentre eles, nitritos e nitratos. Devido ao risco evidenciado que o consumo de Nitrito e Nitrato traz à saúde, torna-se necessário avaliar o consumo a fim de criar estratégias que possam gerar uma redução na ingestão dos alimentos que contêm esses conservantes. Esta pesquisa visou construir um mapa alimentar e nutricional tendo como base as informações disponíveis no banco de dados do SISVAN sobre as práticas alimentares e dados antropométricos de adultos e idosos de 18 a 81 anos. Também foi elaborado um material educativo, com orientações nutricionais sobre o consumo de embutidos, que deverá ser trabalhado nas unidades de saúde do município. No total, 509 pessoas participaram da pesquisa, sendo 72,7 % do sexo feminino e 27,3% do sexo masculino, sendo que 269 (52,8% do total) não consomem ou consomem raramente embutidos, enquanto 240 (47,2%) consomem embutidos uma vez por semana ou mais. Entre as mulheres (n=370) um total de 133 responderam a frequência raramente, o que corresponde a 35,9%, enquanto entre os homens (n=139) um total de 51 responderam a frequência raramente, o que corresponde a 36,7%. Para a frequência não consome, foram encontrados 17% das mulheres e 15,8% dos homens; para a frequência 1 vez na semana, foram encontrados 27,8% das mulheres e 22,3% dos homens; para a frequência 2 a 4 vezes na semana, foram encontrados 15,4% das mulheres e 20,9% dos homens e para a frequência 5 a 7 vezes na semana, foram encontrados 3,8% das mulheres e 4,3% dos homens. Comparou-se os diferentes graus de escolaridade, o grupo com ensino superior incompleto apresentou os maiores percentuais para as frequências 2 a 4 vezes por semana (47,8%) e 5 a 7 vezes por semana (13,0%). Ao analisar as regiões da cidade a oeste, apresentou-se maior percentual na frequência não consome (22,1%). Em relação ao perfil nutricional 58% eram eutróficos e consumiam embutidos inferior a uma vez por semana, sendo 21,6% com frequência não consome e 36,4% com frequência raramente. Dentre o grupo de indivíduos que recebem o auxílio Bolsa Família é possível observar que a maior parte (62,9%) apresenta percentual para o consumo de embutidos inferior a uma vez por semana. O embutido mais consumido em cada uma das três faixas etárias é o presunto para a faixa de 18 a 39 anos (14,2%) e também para a faixa de 40 a 60 (5,3%), e a linguiça para a faixa de 61 a 81 (3 8%). Em relação ao estado nutricional, entre os homens a maior parcela é de sobrepeso (41,0%). Entre as mulheres a maior parcela é eutrófica (33,0%), mulheres obesas tiveram uma menor percentual (31,9%). De todas as análises realizadas, o município apresentou resultados semelhantes em relação a outros estudos sobre o tema. Outras pesquisas como essa devem ser incentivadas, a fim de levar conhecimento para população e conscientizá-los sobre a importância da alimentação saudável.