A presente dissertação objetiva investigar teórica e empiricamente as relações entre crenças no suporte social percebido, na espiritualidade e no sentido de vida em pessoas com a doença Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA). A pesquisa estrutura-se com base no conceito de crenças, amplamente estudado em Psicologia, ciências humanas e sociais, mas nesta dissertação advém do estudo da Cognição Social. Definiu-se como problema a seguinte questão: que relações se pode estabelecer entre crenças no suporte social percebido, na espiritualidade e no sentido de vida em pessoas com ELA? A partir daí, definiu-se como objetivo geral analisar a influência das crenças no suporte social percebido, na espiritualidade e no sentido de vida em pessoas com esclerose lateral amiotrófica (ELA) e objetivos específicos analisar os temas crenças no suporte social percebido, no contexto dos estudos da cognição social e espiritualidade, no âmbito dos estudos da Psicologia; relacionar os estudos sobre Esclerose Lateral Amiotrófica com crenças no sentido de vida na perspectiva da Logoterapia, no suporte social percebido e na espiritualidade como forma de enfrentamento da doença e investigar empiricamente a relação das crenças no suporte social percebido e na espiritualidade com o sentido de vida em pessoas com a doença Esclerose Lateral Amiotrófica. A pesquisa justifica-se pelo fato da pesquisadora trabalhar com o público-alvo desta dissertação e, a partir da prática clínica, observar que os constructos da pesquisa são importantes aportes no momento que o paciente descobre a doença, bem como no enfrentamento da mesma durante todo o processo de desenvolvimento. Os estudos da presente dissertação fundamentam-se nos conceitos de crenças e suporte social percebido, na perspectiva da cognição social; espiritualidade no âmbito dos estudos da Psicologia e sentido de vida na perspectiva da Logoterapia. Quanto à metodologia, trata-se de uma pesquisa empírica, quantitativa, comparativa, correlacional e descritiva, que traduz as respostas de 299 pessoas, sendo 69 pessoas com a doença e 230 sem a doença. As análises estatísticas corroboraram as hipóteses um, dois, três, cinco e seis, ou seja, foram confirmadas cinco das sete hipóteses inicialmente levantadas.