No mundo globalizado, a presença da tecnologia impacta muitos aspectos da vida humana. Quando se trata de educação, percebe-se uma evolução constante nos processos e métodos que mudam de forma disruptiva a maneira como se ensina e como se aprende. Esses movimentos envolvem Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs), como a Inteligência Artificial que proporciona uma educação mais personalizada, inclusiva, interativa e flexível. Na formação integral, a Inteligência Artificial se torna fundamental para que estudantes se apropriem dos conhecimentos em atividades de pesquisa, assim como no mundo do trabalho e no social. A concepção de Inteligência Artificial no meio educacional levanta a necessidade de aproximação da escola com os avanços das tecnologias e estas adaptarem-se ao ambiente em que o estudante está inserido. Nessa linha de pensamento, algumas pesquisas em Inteligência Artificial na educação abordam aprendizagem adaptativa, tutores inteligentes, ferramentas de diagnóstico, sistemas de recomendação, classificação de estilos de aprendizagem, mundos virtuais, gamificação, mineração de dados aplicada à escola e chatbot (assistente virtual, agente conversacional). Chatbot ou chatterbot ou agente de conversação é um programa de Inteligência Artificial criado para conversar com seres humanos usando linguagem natural por meio de texto ou voz, estabelecendo-se uma interação humano-computador. Na academia, dados apontam que agentes conversacionais na educação contribuem para a construção do conhecimento, desenvolvimento cognitivo e maior envolvimento dos alunos, no entanto, o uso de qualquer Inteligência Artificial como ferramenta pedagógica desprovida de qualquer pedagogia tende a sucumbir, cair em desuso e no esquecimento. Portanto, esta pesquisa pretende se apropriar dos conceitos socioconstrutivistas de Lev Semionovitch Vygotsky. Três pilares sustentam seu trabalho: os processos mentais do sujeito surgem dos processos sociais; instrumentos e signos interligam a compreensão dos processos mentais do sujeito. O terceiro é o método genético-experimental para analisar o desenvolvimento cognitivo do indivíduo. O objetivo dessa pesquisa é analisar se os princípios da Inteligência Artificial à luz da teoria socioconstrutivista possibilitam a efetiva customização do processo de ensino e aprendizagem. O enfoque desta pesquisa é quali-quantitativa de natureza aplicada, com procedimentos experimentais e de pesquisa-ação, tendo como coleta de dados quantitativos o System Usability Scale (SUS), e a entrevista semiestruturada para coleta de dados qualitativos. A análise reflexiva foi o método utilizado na análise. Como resultado emergiram as categorias automatização de processos, interessante e tranquilo, aprendizado e mediação. E por fim, a pesquisa resultou também na elaboração do produto educacional: um assistente virtual denominado IF Robot; um chatbot para atuar como instrumento mediador de práticas educativas elaboradas pelo professor tornando o ensino mais dinâmico.