O presente trabalho consiste no desenvolvimento de pesquisa sobre a importância das áreas verdes urbanas no contexto dos serviços públicos de saúde na Cidade de Mandaguari, Paraná. Inicialmente, foram utilizados os dados de Autorização de Internação Hospitalar (AIH) no período de 2000 a 2010, disponibilizados pelo banco de dados DATASUS, buscando identificar os problemas de saúde de maior ocorrência, cujo resultado apontou para as doenças do aparelho respiratório e circulatório, que pressupõem em seus tratamentos, a realização de atividades físicas, que podem ser realizadas com aproveitamento para a saúde, em espaços públicos livres. A partir de pesquisa investigativa, com a aplicação de questionário junto a 362 usuários, verificouse que a mobilidade da população determina que os residentes em alguns bairros, inicialmente alocados no território área de abrangência das Unidades Básicas de Saúde (UBS), não procuram com frequência serviços de saúde na própria UBS de referência. Para tanto, deslocam-se para outras áreas da cidade, em busca de um atendimento resolutivo. Nessa ótica, a acessibilidade aos serviços de saúde é determinada pela qualidade dos serviços ofertados, pois as comunidades não percebem barreiras geográficas nos trajetos às UBS. Em relação aos espaços públicos, as pessoas entrevistadas reconhecem a importância das áreas verdes para a melhoria da qualidade de vida. Dos 362 usuários 357 (98,6%) consideram que as áreas verdes oferecem ar puro, limpo e saudável, sendo um ótimo espaço para atividades físicas, recreação e outros. Cinco usuários (1,3%) do universo amostrado não consideram a contribuição das áreas verdes para a saúde, pela desinformação, ou mesmo, a dificuldade em associar os temas. Nessa perspectiva, o conceito de território, no âmbito do setor de saúde, passa a adotar em seu próprio conceito a inclusão das potencialidades provindas da presença das
áreas verdes urbanas, que contribuem para as boas condições de vida das comunidades envolvidas.