A espécie Pouteria macrophylla, popularmente conhecida como cutite, apresenta utilização medicinal para várias patologias, no entanto, poucas pesquisas apresentam sua atividade biológica, sendo apenas relatada a atividade antioxidante deste fruto da Amazônia. A importância dos alimentos de origem vegetal tem sido cada vez mais evidenciada e, dentre suas propriedades, a atividade antioxidante de constituintes químicos destes alimentos tem assumido importante papel. A proposta central deste estudo é avaliar a composição centesimal, capacidade antioxidante e o potencial fitoquímico do extrato dos frutos e das folhas de Pouteria macrophylla. Para isso, a coleta do material botânico para o preparo dos extratos das folhas e dos frutos foi realizada na Unidade Tapajós da Universidade Federal do Oeste do Pará, Campus Santarém. Realizou-se a caracterização fitoquímica dos extratos dos frutos e folhas de Pouteria macrophylla por meio da quantificação de compostos fenólicos, flavonóides e taninos. Utilizou-se a polpa de P. macrophylla (Lam.) para determinar os valores de umidade, cinzas, proteína, carboidratos totais, lipídios totais, fibra alimentar, carotenoides, açúcares totais e açúcares redutores através da análise centesimal, e para a investigação de metabólitos secundários flavonoides, triterpenóides e taninos, saponinas e quinonas e antraquinonas, foi utilizado o extrato da folha. Os resultados demonstraram que P. macrophylla (Lam.) apresentou 10% de fibras alimentares. Após análise da polpa do cutite, foi observado valor percentual de 7,5% de cinzas e 63% de umidade, bem mais elevado do que os encontrados por outros autores. Foi demonstrado que a polpa de P. macrophylla (Lam.) não apresenta quantidade expressiva de proteína, sendo um alimento com baixo teor de proteínas. Pode-se sugerir que este fruto apresenta ação antioxidante elevada, pois apresentou quantidade elevada de carotenoides em sua composição, quando comparado a outros estudos realizados. Os resultados após análise do extrato da folha, foram positivos para flavonoides, triterpenóides e taninos, já saponinas, quinonas e antraquinonas não foram detectadas na análise do extrato da folha de P. macrophylla. Verificou-se que o extrato da folha e da polpa possuem compostos bioativos, além da presença de metabólitos secundários, os resultados das análises de antioxidante DPPH E FRAP mostrou que as amostras apresentam capacidade antioxidante, o que a caracteriza como uma ótima fonte de compostos bioativos que podem ser utilizados na indústria farmacêutica e em dietas alimentares.