Esta dissertação foi elaborada com o objetivo de analisar primeiramente algumas das principais influências estrangeiras que atuaram ou que ainda gozam de pleno funcionamento no território brasileiro sobretudo no âmbito educacional geográfico, as quais promoveram modificações nos planos e ações governamentais do país de acordo com seus interesses. Essas intervenções, foram protagonizadas por órgãos de caráter supranacionais, como a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), o Banco Mundial (BIRD) e a União Geográfica Internacional Comissão para Educação Geográfica (UGI-CEG), os quais vêm atuando principalmente em países subdesenvolvidos ou emergentes. Nesse sentido, no decorrer deste trabalho serão realizadas análises e comprovações, enfatizando a internacionalidade educacional e suas influências, as quais foram impostas, a partir de convênios firmados com instituições estrangeiras e que promoveram modificações no ensino brasileiro, não somente de Geografia, mas em toda estrutura educacional. Conjuntamente, será exposto o cenário político brasileiro no qual se deram essas alterações, sendo direcionadas principalmente pela UNESCO e Banco Mundial, visto que são órgãos atuantes no âmbito educacional a nível mundial, os quais têm trabalhado em diversos campos e esferas, principalmente na macro política, que por sua vez tem o poder de promover mudanças político-administrativas, conforme as ambições destes organismos. Também será realizada uma breve apresentação e análise comparativa entre o Manual da UNESCO para o ensino de Geografia (1978) e a Base Nacional Comum Curricular-BNCC (2018), objetivando a observação e análise das influências internacionais abordados pela BNCC, que também se fazem presentes no manual da UNESCO. Por fim, será realizado um estudo de caso com os professores pedagogos, atuantes na rede municipal da cidade de Maringá-PR, cuja aplicação será realizada por meio de questionário, buscando dessa forma identificar e decifrar a prática dos professores do Ensino Fundamental I, frente à implantação da BNCC no ensino de Geografia.