Esta pesquisa aborda práticas pedagógicas com auxílio da tecnologia assistiva com professores da educação básica numa escola do semiárido potiguar. Desse modo, busca compreender elementos que subsidiam as práticas pedagógicas dos professores que atuam com estudantes com deficiência, na escola pública, e que enfrentam entraves na compreensão da proposta pedagógica inclusiva do público alvo da Educação Especial. Esse público, na maioria das vezes, fica fora do processo de ensino e aprendizagem por não haver profissionais qualificados e/ou preparados que possam atender suas especificidades. Nesse sentido, traçamos como objetivo geral, analisar as práticas pedagógicas dos professores com relação ao uso de Tecnologia Assistiva em uma escola pública no município de Angicos/RN. A investigação se insere no contexto da pesquisa qualitativa, onde se busca o entendimento da problemática no seu contexto, seguindo os passos da pesquisa colaborativa proposto por Ibiapina (2008), em virtude de permitir ao pesquisador atuar em dois campos, o da pesquisa e o da formação. Trata-se de um processo de investigação na ação, que possibilita a reflexão e a colaboração entre os participantes e a pesquisadora. Os resultados apontam que quando o professor passa pelo processo de capacitação, e tem sensibilidade e compromisso, é possível que ele crie vias de acesso para ofertar um ensino apropriado aos estudantes com NEE. Constata-se que a TA não trouxe só significado para prática pedagógica das professoras, mas chances para o ensino e aprendizagem acontecer no interior da sala de aula, uma vez que cooperou para que a inclusão acontecesse e os estudantes saíssem do nível de dificuldades em que se encontravam e chegassem a obter sucesso nas atividades propostas. Ficou perceptível que essas práticas despertaram interesses em outras professoras, de modo que elas se sentiram motivadas a utilizar esses recursos em suas aulas, a fim de auxiliar estudantes que apresentavam dificuldades com os conteúdos. Espera-se com os resultados, trazer reflexões sobre as práticas dos docentes e ampliar os debates em relação à educação inclusiva e ao uso da tecnologia assistiva como possibilidade de incentivar e melhorar o ensino e a aprendizagem dos estudantes com deficiência na rede pública de ensino.