A importância da carne de frango para o mercado interno e externo exige que se tenha conhecimento técnico científico tanto na produção quanto qualidade físico-química e microbiológica dos cortes disponibilizados para consumo. O frango caipira bem como seus cortes ainda é pouco disponibilizado e consumido no mercado, mas está havendo um aumento na demanda pelo consumidor. Consequentemente, a indústria tem buscado o desenvolvimento de produtos naturais que respeitem o bem-estar animal nos sistemas de produção, pois além de possibilitar um produto de maior valor agregado, o sistema de produção caipira tem sido modelo no quesito de conforto e comportamento animal, viabilizando a produção para pequenos, médios e grandes produtores em escala comercial. O objetivo deste trabalho foi avaliar a composição centesimal dos cortes de peito e coxa da carne de frangos de corte das linhagens Cobb criada no sistema convencional e Label Rouge criada no sistema caipira. Para o experimento foi utilizado o Delineamento Inteiramente Casualizado (DIC) com 4 tratamentos (cortes: peito e coxa e sistemas de criação: caipira e convencional). Foram realizadas 10 repetições do experimento com amostras de diferentes frangos e cortes e as análises físico-químicas foram realizadas em duplicata no laboratório de Análise de Alimentos do Instituto Federal do Triângulo Mineiro- Campus Uberlândia. Os parâmetros avaliados foram: lipídios, proteínas, umidade e cinzas. Verificou-se através dos resultados experimentais que diferenças estatísticas foram observadas em relação aos cortes de coxa e peito de frangos criados no sistema convencional quanto ao teor de proteínas (18,62% e 22,65%), lipídeos (1,31% e 0,50%), cinzas (0,94% e 1,10%) e umidade (77,11% e 74,49%). Para frangos criados no sistema caipira, mostrou-se diferença estatística comparando os cortes coxa e peito em relação ao teor de proteínas (18,86% e 22,50%), lipídeos (1,86% e 1,07%), cinzas (0,92% e 1,09%) e umidade (77,87% e 74,94%), respectivamente.