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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO
HISTÓRIA (31002013019P7)
"E não despedem flecha que não a empreguem": caminhos para a diplomacia indígena em meio as guerras neerlandesas nas capitanias do norte (1630-1654)
CARMELITA COSTA ZUZART
DISSERTAÇÃO
19/02/2024

Entre os anos de 1630 e 1654, a Companhia holandesa das Índias Ocidentais (WIC) invadiu as Capitanias do Norte do Brasil. Assim como em outros momentos da história da colonização brasileira, as forças portuguesas de resistência contaram com o apoio militar crucial de terços de homens negros e indígenas. Da mesma forma o lado flamengo também contou com o apoio dos ameríndios. Por meio de mensageiros tupis, os funcionários da WIC souberam que vários povos autóctones nas províncias ao norte de Pernambuco estavam ansiosos para fazer uma aliança anti-portuguesa. Por isso, um pequeno grupo de indígenas potiguaras foi levado à República das Sete Províncias Unidas dos Países Baixos para serem educados e transformados em diplomatas e mediadores confiáveis. Disputados por cada lado da guerra, esses chefes possuíam conhecimentos das táticas, dos caminhos da terra e do poder de diálogo, sendo homens que souberam jogar no contexto conflitivo das capitanias do norte seiscentista. Dessa maneira, o objetivo desse trabalho é traçar os caminhos que levaram essas lideranças indígenas a postos de prestígios dentro das estruturas coloniais europeias e como usaram tais posições para balizar seus interesses. Por meio da análise das cartas trocadas entre lideranças de ambos os lados da guerra, esse trabalho procura mostrar a impressionante habilidade dos lideres potiguares em adotar discursos diferentes, aproveitando-se de práticas culturais não-indígenas, a exemplo da própria escrita, para fins específicos condizentes com seus planos políticos. Embora fossem partidários leais, esses indígenas nunca se consideraram súditos da ordem colonial. Em vez disso, os diplomatas potiguaras viam principalmente esses momentos de aliança como uma oportunidade para promover a autonomia indígena frente ao colonialismo europeu. A partir do letramento, perceberemos que esses chefes de guerra não só conheciam, como dominavam as regras do jogo colonial.

diplomacia indígena;letramento;Brasil Holandês;Potiguaras;mediadores indígenas.
Between the years 1630 and 1654, the Dutch West India Company (WIC) invaded the Captaincies of Northern Brazil. As in other moments in the history of Brazilian colonization, the Portuguese resistance forces counted on the crucial military support of thirds of black and indigenous men. Likewise, the Flemish side also had the support of the Amerindians. Through Tupi messengers, WIC officials learned that several autochthonous peoples in the provinces north of Pernambuco were eager to form an anti-Portuguese alliance. Therefore, a small group of indigenous Potiguaras were taken to the Republic of the Seven United Provinces of the Netherlands to be educated and transformed into trustworthy diplomats and mediators. Disputed on each side of the war, these chiefs had knowledge of tactics, the ways of the land and the power of dialogue, being men who knew how to play in the conflictive context of the captaincies of the 17th century north. Therefore, the objective of this work is to trace the paths that led these indigenous leaders to prestigious positions within European colonial structures and how they used such positions to guide their interests. Through the analysis of letters exchanged between leaders on both sides of the war, this work seeks to show the impressive ability of Potiguar leaders to adopt different discourses, taking advantage of non-indigenous cultural practices, such as writing itself, for specific purposes. consistent with their political plans. Although they were loyal supporters, these indigenous people never considered themselves subjects of the colonial order. Instead, Potiguara diplomats primarily saw these moments of alliance as an opportunity to promote indigenous autonomy in the face of European colonialism. From literacy, we will realize that these warlords not only knew, but also mastered the rules of the colonial game.
indigenous diplomacy;literacy;Dutch Brazil;Potiguaras;indigenous mediators.
1
150
PORTUGUES
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO
O trabalho possui divulgação autorizada
Carmelita Zuzart.pdf

Contexto

RELAÇÕES DE PODER E CULTURA
RELAÇÕES DE PODER, TRABALHO E PRÁTICAS CULTURAIS
O Diretório dos Índios em perspectiva comparada: governança, protagonismo indígena e direitos dos povos originários

Banca Examinadora

VANIA MARIA LOSADA MOREIRA
DOCENTE - PERMANENTE
Sim
Nome Categoria
KARINA MOREIRA RIBEIRO DA SILVA E MELO Participante Externo
VANIA MARIA LOSADA MOREIRA Docente - PERMANENTE
EDUARDO SANTOS NEUMANN Participante Externo

Financiadores

Financiador - Programa Fomento Número de Meses
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO - UFRRJ 24
FUND COORD DE APERFEICOAMENTO DE PESSOAL DE NIVEL SUP - Programa de Demanda Social 24

Vínculo

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Instituição de Ensino e Pesquisa
Ensino e Pesquisa
Sim
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