Honneth, concebe o sistema de Hegel como um processo a ser reatualizado, uma vez que sua teoria está intrínseca ao sistema filosófico hegeliano formulado na sua ruptura epistemológica à filosofia moderna. Honneth discorre sobre três questões fundamentais na sua leitura da Filosofia Direito de Hegel que nos ajudaram a compreender como pensar a dois conceitos, reconhecimento e Amor e a interconexão entre esses conceitos em si e como que cada um dos filósofos desenvolveu. Honneth reatualiza a filosofia social e política de Hegel engendrando da própria lógica interna do sistema dialético hegeliano. O reconhecimento para Honneth não é exatamente a cultura ou a identidade, mas deve ser compreendido como uma expectativa recíproca de comportamentos que mutuamente formam as condições intersubjetivas para realização da liberdade individual. Honneth busca convergência das perspectivas teóricas da compreensão das relações intersubjetivas de um modo não unidimensional de analisar as relações subjetivas conseguindo conservar a afirmação de reconhecer no outro. O principal argumento da reatualização do sistema hegeliano visa reconstruir a teoria do reconhecimento com uma demanda intersubjetiva de uma nova filosofia social, apresentando o Amor como o primeiro padrão de reconhecimento responsável não só pela autoconfiança, mas com uma condição de possibilidade para uma futura participação da esfera pública e a liberdade e assim se realizar enquanto luta pela emancipação do sofrimento de indeterminação. Diagnóstico das experiências de desrespeito, identificando patologias sociais que obstruem a emancipação dos sujeitos. Logo, a ideia de pensar as relações subjetivas a partir da ação e das suas interações práticas, e tão somente da expectativa recíproca desses comportamentos, no modo de agir social na sociedade contemporânea. Com que a dimensão do Amor, assim, se efetiva no mundo como uma autonomia enquanto ação de reconhecimento intersubjetivo.