A presente pesquisa aborda a epistemologia feminista que critica alguns dos principais conceitos da epistemologia tradicional. O texto trata especificamente do problema da objetividade na epistemologia e na ciência. Primeiramente é definido o problema de gênero no conhecimento e são trazidos alguns exemplos de pesquisas e fenômenos que indicam a limitação do conceito tradicional de objetividade. Alguns dos fenômenos analisados se referem a conceitos da psicologia cognitiva como o viés implícito e a ameaça do estereótipo. Além disso, teorias sobre a injustiça epistêmica e o viés androcêntrico nas pesquisas científicas corroboram as hipóteses das críticas feministas ao modelo vigente de ciência e objetividade. Na pesquisa também é realizada a análise e crítica do conceito de objetividade desde a modernidade até a contemporaneidade. Por fim, são elaboradas tentativas de resposta ao problema sob uma perspectiva feminista empirista, tomando como eixo orientador as pesquisas das filósofas Elizabeth Anderson, Helen Longino e Lynn Hakinson Nelson, que defendem o conceito de objetividade na perspectiva de comunidades epistêmicas.