A presente dissertação está composta por dois capítulos. No capítulo I foi descrita a primeira etapa do trabalho que consistiu na realização de uma revisão sistemática da literatura acerca da utilização de óleos essenciais (OE) e/ou funcionais na dieta de codornas e seu impacto sobre os parâmetros de desempenho e a qualidade dos ovos. Após uma triagem minuciosa foram identificados nove artigos que preenchiam totalmente os critérios de inclusão. Os OE foram empregados em associação com outros OE em cinco trabalhos e nos outros quatro trabalhos foram utilizados o OE salgado, um estudo utilizou o OE de murta, um estudo utilizou OE de lavanda e um utilizou o OE de orégano. Os autores reportaram que a utilização dos OE melhorou o ganho de peso e a conversão alimentar, aumentou a produtividade e otimizou o consumo de ração e morfometria intestinal. Na qualidade de ovos, os principais resultados foram o aumento no peso dos ovos, aumento na massa de ovos, maior espessura de casca, maior peso da casca, maior peso de gema e albúmen, melhora no índice de gema, aumento da Unidade Haugh, maior altura de gema e de albúmen. A partir desses resultados reconhecemos que o emprego dos óleos essenciais exerceu efeitos positivos sobre as características finais dos ovos e melhorou o desempenho das codornas poedeiras. No capítulo II hipotetizou-se sobre a possibilidade de os óleos funcionais amazônicos de copaíba e pracaxi atuarem como substitutos de melhoradores de desempenho. Desta forma, objetivou avaliar o impacto da inclusão de óleos funcionais amazônicos de pracaxi e copaíba na dieta de codornas japonesas como melhoradores de desempenho sobre os parâmetros produtivos, qualidades de ovos e a saúde intestinal das aves, perfil bioquímico sanguíneo, lipídico das gemas, biometria dos órgãos e coeficiente de digestibilidade. Para isso utilizou-se 240 codornas japonesas em
período experimental de 56 dias compostos por dois ciclos de 28 dias. Os animais foram divididos em um delineamento experimental inteiramente casualizado composto por seis tratamentos, oito repetições, com cinco animais por repetição. Os tratamentos consistiram em uma dieta basal acrescida ou não de aditivos alimentares, sendo: dieta basal (controle negativo); melhorador de desempenho (bacitracina 0,15 %, controle positivo); probiótico (BS gold® 0,033 %); óleo funcional de pracaxi (0,090 %); óleo funcional de copaíba (0,180 %); e,
combinação de óleo de pracaxi (0,090 %) e copaíba (0,180 %). Os resultados das análises de desempenho produtivo, perfil lipídico das gemas, peso das carcaças e biometria dos órgãos demonstraram que os óleos funcionais amazônicos foram capazes de manter níveis similares ao controle positivo. Os óleos de copaíba e pracaxi associado a copaíba apresentam menor Unidade Haugh (UH) que o grupo controle positivo, contudo, eles não diferiram do controle com probiótico. Os demais parâmetros de qualidade não diferiram entre o controle positivo e os óleos funcionais. A profundidade das criptas duodenais foi significativamente maior no grupo que recebeu a copaíba em comparação ao controle positivo. Além disso, a largura das vilosidades do jejuno foi maior no grupo de aves que recebeu o óleo de copaíba associado ao pracaxi em relação ao controle positivo, sem diferir do grupo com probiótico em ambas as variáveis. Apesar desses achados, a relação vilo/cripta foi similar ao controle positivo em todos os grupos que receberam os óleos funcionais amazônicos. Os parâmetros de albumina foram significativamente menores nos grupos pracaxi associado a copaíba e no grupo que recebeu somente a copaíba em comparação ao controle positivo. Considerando a manutenção dos parâmetros observada, concluímos que os óleos funcionais amazônicos se demonstraram compatíveis com os melhoradores de desempenho, podendo ser utilizados para substituir a bacitracina de zinco como melhorador de desempenho.