A sociologia escolar é uma temática de significativo impacto dentro da educação brasileira, sua permanência no sistema básico de ensino brasileiro é fruto de bastante debate, principalmente nos espaços profissionais e sindicais da sociologia. O presente trabalho busca apresentar alguns posicionamentos de pensadores brasileiros que participaram da discussão do tema entre as décadas de 1950 e 1980, visando compreender os diferentes sentidos da sociologia escolar oferecidos por esses pensadores. Esses sentidos foram investigados por meio da análise das obras de determinados pensadores historicamente relevantes para essa temática em conjunto com trabalhos de estudiosos contemporâneos dedicados ao tema do ensino de sociologia. A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica, debruçada sobre as elaborações e reflexões desses pensadores. Os sentidos da sociologia escolar foram analisados no contexto do debate teórico do campo das ideias e intelectuais, utilizando as conceituações paradigmáticas de alguns autores clássicos nesse tema. Assim, foi possível chegar a apontamentos sobre a relação dos sentidos da sociologia escolar criados por esses pensadores com suas filiações a certas correntes do pensamento social e político brasileiro. Em conclusão, verificaram-se os sentidos formulados por esses pensadores, entendendo que eles não só relacionam-se fortemente com seus ideais de modernização e cidadania, mas também que sugerem papéis específicos para esses sentidos, tais como desenvolver a sociologia como ciência, emancipar o indivíduo e incentivar a participação política na sociedade com um viés crítico.