RESUMO Sganzella PL. Níveis de atividade física e qualidade de vida dos acadêmicos dos cursos de enfermagem e medicina [dissertação]. Marília (SP): Faculdade de Medicina de Marília; 2024. Introdução: O ensino superior pode impactar negativamente sobre a Qualidade de Vida (QV) dos estudantes de Enfermagem e Medicina devido à intensa carga acadêmica e ao estresse. Fatores como apoio social, atividade física e o ambiente acadêmico são cruciais para a QV, com falta de tempo para lazer e exercícios agravando a saúde mental e física. Programas institucionais de promoção da saúde são essenciais para melhorar o bem-estar e a formação equilibrada desses alunos. Objetivo: Verificar a influência dos níveis de atividade física sobre os índices de Qualidade de Vida, de acadêmicos dos cursos de enfermagem e medicina. Método: Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo e transversal que avaliou a relação entre níveis de atividade física e QV entre estudantes de Medicina e Enfermagem. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da instituição e os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Os dados foram coletados presencialmente por meio de questionários eletrônicos, abrangendo informações sociodemográficas, avaliação de atividade física utilizando o International Physical Activity Questionnaire (IPAQ) e análise da QV com o WHOQOL-bref. A amostra foi composta por 235 estudantes dos dois primeiros anos de Enfermagem e dos quatro primeiros anos de Medicina, selecionados por intencionalidade. A análise estatística incluiu testes de Qui-quadrado, Spearman e Anova-one-way, com nível de significância de 5%, utilizando o Software SPSS (versão 27.0). Para o cálculo do tamanho da amostra, foi utilizado o Software G*Power, estimando-se 235 elementos por estrato de comparação, considerando um tamanho de efeito grande e poder do estudo de 95%. Resultados: A relação entre níveis de atividade física e QV entre estudantes de Enfermagem e Medicina destaca que aqueles fisicamente mais ativos apresentaram melhores escores de QV. Isso evidencia a importância de manter um estilo de vida saudável durante a formação acadêmica, com impacto positivo não apenas na saúde física, mas também na mental, ajudando a mitigar o estresse e a ansiedade. No entanto, observou-se uma diferença significativa entre os cursos, com estudantes de Enfermagem relatando uma percepção menos positiva de QV. Conclusão: O estudo revelou que estudantes fisicamente mais ativos têm melhor QV, com desafios específicos entre os cursos de Medicina e Enfermagem. Destacou a necessidade de intervenções institucionais para promover hábitos saudáveis, reduzir o estresse acadêmico e melhorar a QV, reforçando o papel das instituições na formação de profissionais mais equilibrados e resilientes. .