O trabalho com título “O Sublime na paisagem genérica” tenta, primeiramente, investigar o que é esse sublime, principalmente no Rio de Janeiro, onde ele é invariavelmente atrelado à sua paisagem natural. Comumente, essa paisagem natural apresenta uma geografia específica, localizada no centro-sul da cidade, entorno de elementos populares, ícones como Pão de Açúcar, Cristo Redentor e Baía de Guanabara. A partir disso, esta pesquisa busca responder se o sublime é exclusivamente manifestado a partir dessa paisagem natural, e se esta manifestação só poderia ocorrer nessa região da cidade. Através de exemplos da arquitetura e do Urbanismo, podemos ver que não, o projeto urbano também consegue gerar este tipo de experiência. No entanto, parece ser essencial a associação desse projeto com a paisagem natural, como nos casos do Parque do Flamengo e da Praia de Copacabana. Além disso, nota-se também um maior sucesso nos projetos que, além de envolverem a paisagem, conseguem se apresentar como “infraestruturais”, disfarçando a intenção de beneficiar o coletivo e transformando o sublime em uma necessidade técnica para a cidade. Quanto à localização, parece haver forças que não promovem projetos de qualidade equivalente em diferentes regiões da cidade, especialmente entre o Centro-Sul e a periferia. Com a análise comparativa de dois casos, Aterro do Flamengo e Parque Madureira, este trabalho tem como objetivo compreender como ocorre todo o processo de transformação da paisagem no Rio de Janeiro e suas diferenças entre o centro e a periferia. O foco recai sobre os projetos de parques urbanos de grande escala, que utilizam a paisagem e as infraestruturas públicas. Como conclusão, é apresentado um mapa com as regiões e projetos que poderiam ser mobilizados para atender à visão de projeto defendida nesta dissertação.