Esta pesquisa tem a intenção de discutir sobre o uso de Realidade Aumentada (RA) para a visualização de patrimônio cultural, por meio do estudo de caso da fábrica do Elixir de Nogueira. O edifício se localizava na Rua da Glória, no Rio de Janeiro, e foi projetado pelo italiano Antônio Virzi. A fábrica marcava a paisagem carioca com a sua arquitetura exótica, suas esculturas e ornamentos extravagantes, foi construída em 1916 e demolida em 1970, dando lugar a um edifício residencial. Conceitos relacionados a patrimônio virtual, reconstrução virtual, novas mídias, mídias locativas e espaços aumentados foram usados na delimitação teórico-conceitual do trabalho. Além da pesquisa bibliográfica foi realizado um estudo histórico do Edifício do Elixir de Nogueira, que tem a reconstrução virtual do edifício como sua síntese. As experiências em realidade aumentada locativa foram feitas usando a biblioteca do AR.js, baseada em HTML5 que é gratuita e com código aberto; e usando, o motor de jogos do Unity + AR Foundation que usa da API do ARCore e do ARKit, igualmente gratuito e mais popular no desenvolvimento de experiências imersivas. A experiência em RA do edifício do Elixir de Nogueira tem a intenção de discutir sobre como o desenvolvimento dessas experiências podem ser usadas como artefato capaz de estimular a curiosidade sobre o objeto patrimonial, além de debater sobre as potencialidades e limitações do uso da realidade aumentada localizada para visualização de patrimônio cultural, e dos limites técnicos e de visualização das experiências em cada uma das plataformas adotadas.