A pesquisa parte de duas situações urbanas localizadas no municípios de Magé, Região Metropolitana do Rio de Janeiro: o Terminal Rodoviário Prefeito Renato Cozzolino sobreposto ao Rio Caioaba e o lixão presente no território do Quilombo de Bongaba são evidências de um processo de apagamento territorial de memórias indígenas e quilombola. Ultilizando a regressão cartográfica, em quatro documentos principais, a investigação localiza oito pontos/eventos que tornam possível uma visualização da transformação do território a partir de presenças, ausências e permanências. As conclusões apontam resquícios e marcas paisagísticas deixadas por infraestrturas de mobilidade como lentes de observação para processos de desterritorialização e reterritorialização, sob a perspectiva do geógrafo Rogério Haesbaert. Por fim, o trabalho mapeia vestígios tupinambás e quilombolas que resistiram na paisagem como uma confirmação das múltiplas territorialidades que fizeram parte da construção histórica e do processo de ocupação do Recôncavo da Guanabara.