Este trabalho tem como tema central o estudo da conformação urbana periférica, referida aqui como “territórios popularespopulares”, com foco específico na ocupação da Serra de Ouro Preto, localizada no município de Ouro Preto, Minas Gerais. O objetivo é investigar a produção sóciosócio-espacial da Serra, concentrandoconcentrando-se nos processos de vulnerabilização e de construção de situações de risco socioambiental, bem como sua relação com questões de classe e raça. Para isso, a análise é estruturada a partir de três eixos teóric os. O primeiro eixo trata da desnaturalização dos desastres, entendendo que estes resultam de processos naturais e sociais. Essa perspectiva é desenvolvida a partir do debate teóricoteórico-conceitual sobre o tema, enfocando o caso da Serra de Ouro Preto. O segunsegundo eixo discute a gênese do atual modelo de sociedade, fruto do projeto modernomoderno-colonialcolonial-capitalista, que gera riscos e vulnerabilidades, atingindo desigualmente os diferentes territórios e as diferentes populações. ArgumentaArgumenta-se que essa desigualdade está ligada a uma hierarquização global baseada na raça e classe social. O terceiro eixo examina a falsa dicotomia entre áreas " e as periféricas, argumentando que ambas são interligadas e resultam do mesmo modelo de produção sóciosócio-espacial brasileiro. EnfatizaEnfatiza-se como o processo de racialização desempenha um papel crucial na segregação social e espacial das cidades. A pesquisa utilizou métodos como: pesquisa bibliográfica a referências de diversos campos teóricos; pesquisa documental, cartográfica e ico nográfica, com coletas de dados em órgão públicos; entrevistas com pesquisadores, membros da comunidade e do setor público; e elaboração de mapas analíticos. O trabalho está dividido em quatro capítulos. Os três primeiros abordam os eixos teóricos entrelaçentrelaçados com o caso-referência. O quarto capítulo apresenta uma síntese analítica de todo o trabalho.