Esta dissertação propõe investigar se os conteúdos abordados nos currículos de 15 cursos de Arquitetura e Urbanismo no Brasil proporcionam aos estudantes uma formação profissional que os capacite para atuar efetivamente nas áreas de moradia da população pobre. Por meio da análise dos currículos de três universidades públicas de cada uma das cinco regiões geográficas do Brasil, juntamente com considerações sobre o documento das Diretrizes Curriculares Nacionais, esta pesquisa se concentrou nos temas relacionados à Habitação de Interesse Social. Analisamos o contexto das Universidades, caracterizado por métodos e epistemologias permeadas por conhecimentos norte-eurocêntricos, a partir das contribuições decoloniais de Quijano (2014), Mignolo (2017), Walsh (2005; 2007) e Restrepo (2018). Em uma segunda etapa, investigamos o estabelecimento das áreas de habitação da população pobre inseridas no espaço urbano hegemônico, para, então, abordar a atuação de arquitetos-urbanistas nessas localidades.