A partir do enfrentamento das problemáticas e desafios contemporâneos, as comunidades, coletivos, organizações não governamentais etc. apresentam modos de ações, experiências e práticas, que se caracterizam através de processos mais participativos. Essas soluções estabelecidas nas cidades visam não só a busca por direitos mínimos nos territórios mais vulneráveis, mas caracteriza como uma transformação espacial e social das comunidades que catalisam o próprio meio envolvido. Assim, o objetivo deste trabalho é analisar e refletir sobre as ações e experiências de solidariedades urbanas, bem como sua dinâmica nos processos e produção do território, e sua possível continuidade para as políticas públicas e a sua relação com o campo da arquitetura e urbanismo. Trata-se de análises vislumbradas, a partir das práticas concretas desses coletivos, que busca compreender conceitos que dão suporte e entendimento aos processos participativos e a necessidade de transformações que se manifestam na solidariedade urbana, onde se utilizou de levantamento bibliográfico; levantamento dados; e observação dessas práticas de solidariedade na região metropolitana do Rio de Janeiro, no período da Covid-19 (2020/2021). Diante dos estudos levantados, verifica-se que o envolvimento da comunidade e suas ações de enfrentamento sob as problemáticas dentro do território são ancestrais e de extrema importância para a mudança de paradigmas e planejamento das cidades e manutenção dessas redes de articulações nos espaços. Concluímos que as reflexões pautadas nas solidariedades urbanas revelam a diversidade dessas práticas alternativas como esperança e encantamento no território, que buscam a transformação de determinados contextos e contribuem como instrumento para as políticas públicas e a própria práxis do urbanismo.