A expansão urbana de forma não planejada pode acarretar em uma ocupação inapropriada e prejudicial para o ambiente e que, possivelmente, resultarão na degradação ambiental, tal como a erosão das bacias hidrográficas urbanas. Uma boa forma de se prever quais as áreas com potencial à degradação ambiental é se fazendo o estudo integrado dos fatores que possam levar à degradação. Porém, áreas de grandes dimensões, como as bacias hidrográficas, requerem um tratamento de forma dinâmica e precisa. Dessa forma, utiliza-se um Sistema de Informação Geográfica (SIG), para se trabalhar, de forma simultânea e acurada, bancos de dados dessas áreas com grande riqueza de detalhes. Teve-se como área de estudo a Bacia do Ribeirão Cambé (BRC), um dos mais importantes fundos de vale do município de Londrina-PR, com o propósito de testar a lógica Fuzzy como metodologia, a fim de apontar as áreas com potencial erosivo em uma bacia hidrográfica urbana. Para tanto, adquiriu-se o banco de dados da referida área, elaborou-se os mapas temáticos dos indicadores escolhidos (uso e ocupação do solo, declividade, solo, pluviosidade) e fez-se a integração desses mapas em um SIG, mediante os princípios da lógica Fuzzy. Como resultado, apresentou-se o “Mapa da Potencialidade Erosiva - Modelagem Fuzzy”, que sugere as áreas com maior possibilidade de sofrerem com o processo erosivo. Isso indica que, com a utilização da lógica Fuzzy, é possível estimar as áreas com potencialidade erosiva, pois o resultado obtido foi condizente com a realidade da BRC, e serve como alerta sobre os potenciais riscos erosivos. Por fim, a lógica Fuzzy mostrou-se eficaz, ao suporte de decisão no ambiente SIG, ao estudo e à análise das bacias hidrográficas.