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Dados do Trabalhos de Conclusão

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
LINGÜÍSTICA (31001017067P5)
Argument Structure in Language Acquisition: an ERP Study
MARILIA UCHOA CAVALCANTI LOTT DE MORAES COSTA
TESE
26/03/2015

Estudos recentes têm demonstrado que crianças de 24 meses calculam es- trutura sintática enquanto ouvem frases (BERNAL et al., 2010; BERNAL, 2006; BRUSINI, 2012) - teses de doutorado. Usando potenciais cerebrais relacionados a eventos (ERPs), esses estudos mostraram que as crianças de 24 meses testadas apresentaram respostas diferentes de ERP para sentenças gramaticais quando com- paradas a sentenças agramaticais. Foi possível ver uma ativação cerebral diferente, quando nomes foram substituídos por verbos e vice-versa tornando as sentenças agramaticais. Isso sugere que as crianças possuíam uma expectativa em relação à gramaticalidade dessas frases, tanto quando foram testadas com palavras reais do seu dia-a-dia, quanto quando eles foram expostos a novas palavras aprendidas no laboratório. Esses resultados nos mostram que as crianças processam as cate- gorias de palavras de maneira online. Nosso objetivo aqui é ir um passo além e compreender como as crianças processam estruturas argumentais. Se as crianças de 24 meses são capazes de processar categorias de palavras, verbos e nomes, de forma diferente, talvez elas façam o mesmo com categorias verbais mais refinadas. Se isso for verdade, é de se esperar um efeito de gramaticalidade quando as crianças ouvirem frases agramaticais. Em verbos de múltiplos argumentos, esses argumentos têm estruturas específicas. Frases com proposições como complemento de verbos de transferência, por exemplo ‘dar’, são agrammaticais. Por outro lado, essa mesma estrutura é perfeitamente gramatical em verbos de comunicação, como por exemplo ‘dizer’ (cf. exemplos abaixo). A fim de investigar o conhecimento de bebês sobre esse tipo de restrição, realizamos um experimento de ERP com adultos e crianças de dois anos de idade. Os participantes assistiram passivamente a filmes, enquanto sua atividade cerebral era registrada. A parte experimental dos filmes contava com sen- tenças respeitando a estrutura sintática de verbos como em (1) ou violando-a como em (3). Note-se que a estrutura em (3) não pode ser usada com verbos de transfer- ência, mas é perfeitamente gramatical em verbos de comunicação, tal como em (2). Esperamos que se as crianças processarem a estrutura sintática desses verbos, então elas devem apresentar uma resposta cortical diferente entre os diferentes tipos de frases. O objetivo deste experimento é contribuir para desvendar o enigma de como as crianças adquirem uma língua, a partir do entendimento de como elas processam estruturas argumentais. Para ser mais específica, buscamos compreender se depois de 2 anos de maturação da cognição de linguagem crianças sabem inconscientemente que certos verbos entram em estruturas argumentais específicas, o que significa que elas também estão cientes de que certas raízes verbais, mesmo que plausíveis na arquitetura da linguagem, resistiriam entrar em outra estrutura possível. Nossos resultados demonstram exatamente nossa predição. Aos 2 anos nossos participantes já apresentaram ativação cortical distinta para frases gramaticais vs. agramaticais.

Psicolinguística. Aquisição de Linguagem. Estrutura Argumen-tal. EEG. ERP.
Recent studies have demonstrated that 24 month-old children compute syn- tactic structure as they listen to spoken sentences (BERNAL et al., 2010; BERNAL, 2006; BRUSINI, 2012) - PhD theses. By using event-related brain potentials (ERPs), these studies showed that the 24 month-olds tested presented different ERP responses to grammatical versus ungrammatical sentences. It was possible to see a different brain response, when nouns were replaced by verbs and vice-versa turning the sentences ungrammatical. This suggests children had a grammatical ex- pectation in relation to these sentences not only when they were tested on real words from their day-to-day life but also when they were exposed to new words taught at the lab. These results show us that children process word categories online. Our objective here is to go one step further and understand how children process argu- ment structure. If 24 month-olds are capable of treating word categories, verbs and nouns, differently maybe they also have more fine-grained verb categories. If this is so, we would expect a grammaticality effect when toddlers hear ungrammatical sentences. In multiple argument verbs, these arguments have specific structures. Sentences with propositions as complement of transfer verbs, for example give, are ungrammatical. On the other hand, this same structure is perfectly grammatical for communication verbs, such as say (cf. examples below). In order to investigate toddlers’ knowledge about this type of constraint, we ran an ERP experiment with adults and two year-olds. Participants passively watched short films while their brain activity was recorded. We followed (BERNAL et al., 2010) and used short films to interplay test sentences and maintain participants’ attention. The test por- tion of the short films had sentences either respecting the syntactic structure of verbs as in (1) or violating it as in (2). Note that (2) cannot be used with transfer verbs, but it is perfectly grammatical in communication verbs, as in (3). We expect that if children process the syntactic structure of verbs, then they should present a different brain response between grammatical and ungrammatical sentences. The goal of this experiment is to contribute unveiling the puzzle of how children acquire language, by understanding how children process argument structure. To be more specific, we aim at understanding whether after 2 years maturing language cognition toddlers know unconsciously that certain verbs enter specific argument structures, and their arguments are restricted in category, which would means that they also are aware that certain verb roots, even if plausible in the language architecture, would resist entering other possible structure. Our results demonstrate exactly our prediction. At 2 years our participants already had distinct cortical activation for grammatical sentences vs. ungrammatical.
Psycholinguistics. Language Acquisition. Argument Structure. EEG. ERP
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PORTUGUES
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
O trabalho possui divulgação autorizada
CostaMUCLM.pdf

Contexto

LINGUISTICA
LINGUAGEM, MENTE E CÉREBRO
Laboratório ACESIN - Acesso Sintático

Banca Examinadora

ANIELA IMPROTA FRANCA
DOCENTE - PERMANENTE
Não
Nome Categoria
MARCUS ANTONIO REZENDE MAIA Docente - PERMANENTE
CILENE APARECIDA NUNES RODRIGUES NEVINS Participante Externo
KATIA NAZARETH MOURA DE ABREU Participante Externo
MARCIA MARIA DAMASO VIEIRA Docente - PERMANENTE

Financiadores

Financiador - Programa Fomento Número de Meses
FUND COORD DE APERFEICOAMENTO DE PESSOAL DE NIVEL SUP - PDSE - Programa de Doutorado Sanduíche no Exterior 12
CONS NAC DE DESENVOLVIMENTO CIENTIFICO E TECNOLOGICO - Bolsa de Mestrado GM e Doutorado GD 22

Vínculo

Colaborador
Empresa Pública ou Estatal
Ensino e Pesquisa
Sim
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