O lançamento de efluentes industriais sem o devido tratamento gera impactos o meio ambiente devido os mais variados tipos de substâncias extremamente tóxicas se lançadas sem tratamento no corpo hídrico. Como formas de controle são estabelecidas às legislações a nível municipal, estadual e federal que dispõem sobre o limite aceitável de parâmetros físicos, químicos, microbiológicos e toxicológicos do efluente tratado a ser lançado no corpo receptor. Uma indústria de recicláveis PET da cidade de Uberaba, embora possua uma estação de tratamento de efluentes, estava sendo notificada pelo órgão municipal responsável, por estar não conforme com o efluente gerado e descartado, quanto ao parâmetro de Demanda Química de Oxigênio, e, baseada nesta problemática este trabalho teve como objetivo caracterizar o efluente das diferentes etapas do tratamento desta indústria, visando buscar alternativas para reduzir a carga orgânica e inorgânica (DQO) do efluente final a ser lançado no corpo hídrico. Foram realizadas análises de todos os sólidos, DBO, DQO, acidez, pH, temperatura, entre outras, das cinco etapas do tratamento em cinco repetições e após conhecer as características do efluente foi realizado ensaios em teste de jarros (jartest) com o efluente da entrada e da saída da ETE utilizando quatro diferentes coagulantes, sulfato de alumínio, poliacrilamida, chitosan e tanfloc em duas repetições devido à baixa carga de efluentes gerada na industria em estudo, resultado da mudança de parte de sua estrutura para o estado de São Paulo. Foi verificado na etapa final do tratamento que o pH e temperatura eram próximos de 7,00 e 22ºC, respectivamente, valores aceitáveis pela legislação municipal. A cor, condutividade, acidez foram respectivamente 3143,3 PtCo, 10,12 mS.cm-1 e 51,09 mg.L-1 de CO2, valores considerados elevados para um efluente após tratamento. O teor de sólidos sedimentáveis foi considerado baixo(0,55 mg.L-1.h-1) contribuindo para a alta DQO na etapa final do tratamento (2612,52 mg de O2.L-1), justificando o alto teor de sólidos dissolvidos(1484,3 mg.L-1) comparativamente aos sólidos em suspensão (315,7mg.L-1). No Jartest com o efluente da entrada e saída da ETE verificou-se que não foi possível, com os quatro coagulantes em estudo, selecionar qual seria o mais eficiente para o tratamento deste tipo de efluente devido à heterogeneidade das amostras analisadas. Através dos testes experimentais foi possível verificar que a simples homogeneização da amostra e a decantação natural contribuem para a redução da DQO.