A competitividade é constante e crescente em qualquer lugar, por isso as empresas vêem no Desenvolvimento de Novos Produtos a oportunidade de continuarem competitivas no mercado, porém não basta apenas desenvolver, é necessário buscar a maior eficácia em suas operações de produção. Pensando nisso essa pesquisa teve por objetivo analisar o processo de produção de placas elaboradas com fibras naturais para utilização na construção civil, com intuito de melhorar o processo para que o mesmo seja mais eficaz e competitivo. Além de determinar as características: físicas, biológicas, mecânicas, de absorção acústica e de resistência ao fogo das placas produzidas. A pesquisa teve por incentivo as questões sociais, ambientais e econômicas, deste modo, as placas desenvolvidas nesta pesquisa são de Fibra de Aveia. A escolha do material se deu por ser um material natural, sustentável e por ser utilizado para fazer forragem (animal ou do solo), ou seja, que tem pouco valor agregado, assim com a produção das placas poder agregar valor ao material. A pesquisa está inserida no Programa de Pós-Graduação em Engenharia Urbana da Universidade Estadual de Maringá (UEM) e foi desenvolvida no Laboratório de Química Aplicada da Universidade Estadual do Paraná (UNESPAR - Campus de Campo Mourão). A pesquisa apresentou resultados como, o melhoramento do processo produtivo que conseguiu diminuir o tempo de tratamento da Fibra de Aveia de 48 horas para 10 minutos. Com os ensaios físicos constatou-se que as placas são consideradas de alta densidade quando comparadas a outros materiais utilizados para realizar absorção sonora. Os ensaios biológicos tiveram resultados satisfatórios, porém no ensaio olfativo a placa de aveia com silicato de sódio foi considerada com odor desagradável, fator que deverá ser investigado e posteriormente melhorado. Nos ensaios mecânicos os resultados para o Módulo de Resistência à Flexão (MOR) e o Módulo de Elasticidade (MOE), obtidos tiveram variação significativa entre as amostras do mesmo tipo de placa, no entanto, pode-se observar que as placas com retardantes de chama apresentaram valores maiores de MOR, ou seja, maior resistência à flexão, também foi observado durante o desenvolvimento da pesquisa que as placas de aveia apresentam resistência de armazenamento e de transporte. Em relação ao ensaio de absorção acústica as placas de aveia apresentaram picos de absorção nas faixas entre 1300 Hz e 3500 Hz e Coeficiente de Absorção Sonora Ponderado entre 0,20 e 0,25, com esses valores as placas de aveia (natural, com hidróxido de alumínio e com silicato de sódio) foram classificadas em: “classe E” segundo a ISO 11654:1997. No entanto, o potencial acústico das placas pode ser elevado aumentando a espessura das placas. Também, foi analisado em forma de comparação, os coeficientes de absorção sonora das amostras da placa de aveia com hidróxido de alumínio e da lã de rocha comercializada e constatou-se que a lã de rocha apresenta níveis menores de absorção. Já por meio do ensaio de flamabilidade segundo a norma NBR 9442:1986 as placas ficaram classificadas em: placa de aveia natural “classe D”, placa de aveia com hidróxido de alumínio “classe B” e placa de aveia com silicato de sódio “classe A” o que mostra o bom desempenho dos retardantes de chama adicionados às placas de aveia. A pesquisa ainda apresenta uma listagem de sugestões para futuras pesquisas.