Introdução. A principal causa de morte na população brasileira é a doença circulatória. Dentre os fatores potencialmente controláveis, a hipertensão arterial sistêmica (HAS) é crítica do ponto de vista de saúde pública. Objetivo. O objetivo deste estudo é avaliar a associação entre os atributos da atenção primária à saúde na perspectiva do usuário e o controle pressórico dos pacientes idosos portadores de hipertensão arterial sistêmica. Método. Foi realizado um estudo transversal e quantitativo, com entrevista e aferição da pressão arterial de 400 pacientes idosos, com diagnóstico de hipertensão arterial sistêmica e que são acompanhados, regularmente, pelo Sistema Único de Saúde, na Atenção Primária à Saúde (APS) da regional administrativa de Samambaia, em Brasília-DF. Resultado. A APS apresentou um escore moderado do ponto de vista do usuário. Ao avaliar o vínculo, pode-se identificar uma distribuição entre os extremos com avaliações muito altas e muito baixas, mas ocorrendo uma predominância de um vínculo muito baixo entre os pacientes idosos portadores de hipertensão arterial sistêmica e as unidades de saúde locais. O grau de acesso aos recursos da atenção primária foi definido como moderado a alto. A disponibilidade de medicações anti-hipertensivas na regional é predominantemente gratuita com apenas 5,5% dos pacientes informando que não encontram as medicações prescritas na rede pública, nem nas farmácias populares e, assim, necessitando comprá-las. A taxa estimada de pacientes idosos em acompanhamento pela APS na regional de Samambaia com a pressão arterial controlada foi 79,39%, considerando controlados níveis pressóricos sistólicos inferiores a 150/90mmHg e 61,49% com níveis pressóricos inferiores a 140/90mmHg. O teste para avaliar a associação da HAS com o escore dos atributos da APS na regional de Samambaia não identificou significância estatística. Conclusão. A regional de Samambaia apresenta resultados promissores para melhorar controle da HAS.