• Portal do Governo Brasileiro

Plataforma Sucupira

Dados do Trabalhos de Conclusão

FUNDAÇÃO DE ENSINO E PESQUISA EM CIÊNCIAS DA SAÚDE
Ciências para a Saúde (53022017001P6)
INVISIBILIDADE DA VIOLÊNCIA CONTRA GESTANTE PRATICADA PELO PARCEIRO ÍNTIMO: ESTUDO EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL
REGIANE RODRIGUES DA SILVA
DISSERTAÇÃO
01/04/2016

Introdução: A violência praticada por parceiro íntimo (VPI) contra a gestante é um fenômeno prevalente, cujas repercussões afetam diretamente a saúde da mulher. Objetivo: identificar a ocorrência de VPI entre as gestantes cadastradas na assistência pré-natal em uma unidade básica de saúde de Santa Maria/DF e apreender a vivência de violência dessas mulheres. Método: o estudo foi norteado pela triangulação, fez uso de técnicas qualitativas e quantitativas na coleta e análise dos dados. No total, 178 gestantes participaram da aplicação do questionário e 6 delas foram convidadas para a entrevista. Os dados quantitativos foram submetidos à testes estatísticos para verificar as associações entre as variáveis com a vivência de violência e as entrevistas à análise de conteúdo. Resultados: os dados quantitativos apontaram que a prevalência da violência em algum momento da vida foi de 33% e durante a gestação de 20,6%, sendo a violência psicológica a mais recorrente (16%). O parceiro íntimo atual ou anterior foram os principais autores da violência (75%). A vivência de violência apresentou associação com raça (valor-p= 0,0105), ter parceiro íntimo (valor-p= 0,0067), número de gestações (valor-p= 0,0105), ter feito uso de drogas antes (valor-p= 0307) e durante a gestação (valor-p= 0,0092), ter vivenciado violência alguma vez na vida (valor-p <0,0001), ter medo do parceiro (valor-p= 0,0002) e ter identificado problemas de saúde devido à violência (valor-p= 0,040). Os dados qualitativos mostraram que o período gestacional foi o momento em que a violência iniciou e/ou intensificou (71% dos relatos). A permanência das gestantes na situação de violência se deu por medo (30%) e ameaças (22%) do parceiro íntimo. A saída do domicílio foi a principal estratégia utilizada para romper com a violência (45% dos relatos). O uso prejudicial de substâncias psicoativas por parte do parceiro apresentou maior quantitativo de relatos como fator associado a ocorrência de violência (41% dos relatos). A principal repercussão na saúde materna foi desgaste emocional da gestante (34% das falas). A violência contra a gestante não foi abordada durante o pré-natal pelos profissionais de saúde (83% dos relatos). Conclusão: A violência contra a gestante ainda permanece invisibilizada no contexto da atenção básica. Defende-se que abordagem da VPI deve ser incluída nos atendimentos as gestantes durante o pré-natal, acompanhada de intervenções efetivas no enfrentamento, prevenção, proteção e promoção da saúde.

violência, parceiro íntimo, pré-natal.
Introduction: The Intimate partner violence (IPV) against pregnant women is a frequent event, whose consequences affect directly the women’s health. Objective: Identify the occurrence of IPV among pregnant women enrolled in prenatal care at a basic health unit in the Santa Maria, Brazil/DF, and therefore to meet the violence experiences lived by these women. Method: The study incorporated triangulation, used quantitative and qualitative techniques in data collection and analysis. A total of 178 pregnant women participated in the questionnaire and 6 of them were invited to the interview. The data was subjected to statistical tests to verify associations of variables to the experiences of violence and the context analysis of the interviews. Results: the prevalence of violence at some point in life was 33% and during pregnancy 20.6%, which the most recurrent was the psychological violence (16%). The current or former intimate partner were the main perpetrators of violence (75%). The experience of violence was associated with race (p-value = 0.0105), having an intimate partner (p-value = 0.0067), number of pregnancies (p-value = 0.0105), having used drugs before (p-value = 0307) and during pregnancy (p-value = 0.0092), have experienced violence in their lifetime (p-value <0.0001), being afraid of partner behavior (p-value = 0.0002) and having identified health problems due to violence (p-value = 0.040 ). The qualitative analysis show that during pregnancy the violence started and / or intensified (71% of the cases). Subjects argued that remained in same situation because of fear (30%) and intimate partner threats (22%). Pregnant women adopted the strategy to abandon their homes as the main way to deal with the violence (45%). The harmful use of psychoactive substances by the partner was the most expressive (41%) among the factors associated with the occurrence of violence. The main impact on maternal health was emotional stress of the pregnant women (34%). Violence against pregnant women was not addressed during prenatal care to health professionals (83%). Conclusions: Violence against pregnant women still shows to be underestimated in the context of primary care. It is argued that approach to IPV should be included in the pregnancy care during prenatal, accompanied by effective interventions to handle prevention, protection and health promotion.
violence, intimate partner, prenatal care.
1
144
PORTUGUES
FUNDAÇÃO DE ENSINO E PESQUISA EM CIÊNCIAS DA SAÚDE
O trabalho não possui divulgação autorizada

Contexto

QUALIDADE NA ASSISTÊNCIA EM SAÚDE
QUALIDADE DA ASSISTÊNCIA À SAÚDE DA MULHER
-

Banca Examinadora

ALESSANDRA DA ROCHA ARRAIS
DOCENTE - PERMANENTE
Sim
Nome Categoria
ALESSANDRA DA ROCHA ARRAIS Docente - PERMANENTE
SILVIA RENATA MAGALHAES LORDELLO BORBA SANTOS Participante Externo
XIMENA PAMELA CLAUDIA DIAZ BERMUDEZ Docente - COLABORADOR

Vínculo

Servidor Público
Empresa Pública ou Estatal
Ensino e Pesquisa
Não

Produções Intelectuais Associadas

Nome Tipo da Produção Subtipo da Produção
RASTREIO DA VIOLÊNCIA CONTRA GESTANTE DURANTE O PRÉ-NATAL BIBLIOGRÁFICA ARTIGO EM PERIÓDICO
Plataforma Sucupira
Capes UFRN RNP
  • Compatibilidade
  • . . .
  • Versão do sistema: 3.85.4
  • Copyright 2022 Capes. Todos os direitos reservados.

Nós usamos cookies para melhorar sua experiência de navegação no portal. Ao utilizar o gov.br, você concorda com a política de monitoramento de cookies. Para ter mais informações sobre como isso é feito, acesse Política de cookies.Se você concorda, clique em ACEITO.

Politica de Cookies

O que são cookies?

Cookies são arquivos salvos em seu computador, tablet ou telefone quando você visita um site.Usamos os cookies necessários para fazer o site funcionar da melhor forma possível e sempre aprimorar os nossos serviços. Alguns cookies são classificados como necessários e permitem a funcionalidade central, como segurança, gerenciamento de rede e acessibilidade. Estes cookies podem ser coletados e armazenados assim que você inicia sua navegação ou quando usa algum recurso que os requer.

Cookies Primários

Alguns cookies serão colocados em seu dispositivo diretamente pelo nosso site - são conhecidos como cookies primários. Eles são essenciais para você navegar no site e usar seus recursos.
Temporários
Nós utilizamos cookies de sessão. Eles são temporários e expiram quando você fecha o navegador ou quando a sessão termina.
Finalidade
Estabelecer controle de idioma e segurança ao tempo da sessão.

Cookies de Terceiros

Outros cookies são colocados no seu dispositivo não pelo site que você está visitando, mas por terceiros, como, por exemplo, os sistemas analíticos.
Temporários
Nós utilizamos cookies de sessão. Eles são temporários e expiram quando você fecha o navegador ou quando a sessão termina.
Finalidade
Coletam informações sobre como você usa o site, como as páginas que você visitou e os links em que clicou. Nenhuma dessas informações pode ser usada para identificá-lo. Seu único objetivo é possibilitar análises e melhorar as funções do site.

Você pode desabilitá-los alterando as configurações do seu navegador, mas saiba que isso pode afetar o funcionamento do site.

Chrome

Firefox

Microsoft Edge

Internet Explorer