No presente trabalho se objetiva investigar a inserção das Tecnologias de Informação e Comunicação no ensino de Língua Portuguesa por meio de discursos sobre saberes e fazeres de docentes do ensino fundamental. A metodologia apresenta uma abordagem qualitativa, com procedimentos de caráter descritivo e com utilização de dados adquiridos a partir da pesquisa colaborativa, tendo como sujeitos colaboradores quatro professores de Língua Portuguesa do ensino fundamental, e configura-se, também, como pesquisa documental. O corpus da pesquisa é constituído por materiais provenientes de entrevista semiestruturada e documentos legais como os Projetos Políticos Pedagógicos de duas escolas públicas de Marcelino Vieira. Para a discussão teórica, a pesquisa respalda-se em Tardif (2002), Tardif e Gauthier (1996), Pimenta (1999) e Charlot (2000) que tratam sobre saberes docentes; e em Moran (2012), Moran e Masetto (2013), Bacich, Neto e Trevisani (2015), Freitas (2009), Xavier e Xavier (2016) e Araújo e Leffa (2016) que discutem sobre as tecnologias de informação e comunicação na educação. Diante da análise e reflexão sobre os discursos dos professores de Língua Portuguesa, dos Parâmetros Curriculares Nacionais e dos Projetos Políticos Pedagógicos, concluímos que a inserção das tecnologias na educação como ferramenta pedagógica no ensino de Língua Portuguesa demanda três fatores que são intrínsecos ao processo de ensinar e aprender nessa nova era da informação e comunicação: planejamento, formação e investimento. Assim, com engajamento conjunto do estado, da gestão escolar e dos professores, as escolas caminharão rumo a uma educação motivadora, que com o auxílio das tecnologias, terá um ensino mais atraente e eficaz e com inúmeras possibilidades, métodos, tempos e espaços de aprendizagem. Asseguramos que essa pesquisa se assentará entre o acabado provisório e o inacabado permanente, pois a consolidação trará contribuições para as pesquisas sobre ensino de Língua Portuguesa que lançam o olhar para a educação básica. Esta, nos abre os caminhos para trazer novas discussões, novos olhares, novas contribuições, outras pesquisas. Não há fim para o caminho da pesquisa sobre a educação e o ensino, estamos sempre em permanente busca pelo conhecimento e reflexão sobre as práticas.