Este estudo analisou as características das concentrações de minerais na dieta suína, identificando a necessidade de incluir doses maiores que as necessárias em sua alimentação devido a sua baixa digestibilidade. O excesso de minerais ingeridos é eliminado pelas excretas que, por sua vez se, em termos absolutos, torna um efluente mais poluente que o efluente humano. Para a redução desses potenciais contaminantes pode-se utilizar a dieta com enzima fitase que é capaz de absorver melhor os minerais sem comprometer o valor energético da dieta. Outra solução seria o tratamento desse efluente no biodigestor através de bactérias anaeróbias, que conseguem oxidar a matéria orgânica, reduzindo a Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) e Demanda Química de Oxigênio (DQO). Inseridos na dieta e presente no efluente, os metais pesados podem ser tóxicos e em altas doses até letais. Diante disso propôsse avaliar as condições do efluente de suinocultura, no estágio intermediário do tratamento em biodigestor, levando em conta a dieta adotada para os animais, indicações do uso na fertirrigação, indicativos de tratamento sequencial e procedimento na eventualidade de esgotamento do tanque. Para isso, foram analisadas as concentrações de cobalto, cobre, cromo, ferro, manganês, molibdênio, selênio, zinco, minerais presentes na dieta dos animais e classificados como metais pesados, quando são remanescentes no efluente. Também foram analisadas as concentrações das frações nitrogenadas (nitrogênio orgânico, nitrogênio amoniacal, nitrito e nitrato), DBO e DQO, que indicaram o estágio de maturação do efluente tratado nas suas frações sólida e líquida e a carga para averiguar os riscos de utilizar esse efluente na fertirrigação e a destinação do lodo na necessidade de uma limpeza do tanque. As análises foram realizadas por um laboratório acreditado. O efluente coletado teve suas frações sólida e líquida determinada pelo método do cone de Imhoff e as demais análises realizadas a partir dessas frações. Foram utilizadas como parâmetros as resoluções do Conselho Nacional de Meio Ambiente – CONAMA 357/2005, 375/2006, 396/2008 e 430/2011. Nem todos os metais pesados apresentaram em conformidade com as normas vigentes e observou-se que não ocorreu a oxidação da matéria orgânica, sendo assim, será necessário um tratamento sequencial em lagoa de estabilização, para viabilizar o biofertilizante. Quanto ao lodo, sugerese que ele passe por um processo de maturação em leito de secagem e posterior compostagem, ou caso contrário, seja descartado em aterro sanitário.