Neste trabalho, objetivamos analisar a obra Galvez, Imperador do Acre (1976) de Márcio Souza e sua tradução para a língua inglesa The Emperor of the Amazon (1980) a partir de diferentes perspectivas. Em primeiro lugar, observando e explorando a relação entre história e ficção, verdade/invenção, partindo das contribuições teóricas de Carlos Mata Induráin, Alcmeno Bastos e Hayden White. Em seguida, analisamos o romance de Márcio Souza caminhando pelas concepções da teoria Pós-colonial e seguindo os passos de autores como Bill Ashcroft, Gareth Griffths, Helen Tiffin, Edward Said, Thomas Bonninci, entre outros, com o intuito de verificar de que forma os povos nativos e habitantes do Acre são representados no romance. Num terceiro e último momento, os caminhos desta pesquisa nos levam até o campo da tradução, e ainda de mãos dadas com o Pós-colonial e com as contribuições de Susan Basnett, Harish Trivedi dentre outros, analisamos o romance na sua versão em português e sua versão em inglês a fim de verificar de que forma Thomas Colchie traduz a Amazônia acreana e as pessoas desse lugar. Durante todo esse processo, seguimos o método da pesquisa bibliográfica, no que concerne às obras, objeto de análise, e na seleção do referencial teórico, assim como também dialética. Por meio dessa abordagem concluímos que todo texto, independente de ser um romance ou um texto da história oficial se trata de uma invenção. Além disso, verificamos também que o romance Galvez Imperador do Acre de Márcio Souza não pode ser de todo considerado uma narrativa pós-colonial, visto que os sujeitos da Amazônia acreana são representados de maneira depreciativa que acaba por estabelecer uma relação colonizador-colonizado, civilizado/selvagem.