Os efluentes provenientes de suinocultura recebem atenção por seu elevado potencial poluidor. Os sistemas convencionais de tratamento, além de onerosos, não conseguem remover todos os poluentes, sendo necessários estudos de pós-tratamento que viabilizem melhor depuração do efluente e maior adequação à legislação vigente. Sistemas de tratamento de águas residuárias suínas, incluindo macrófitas aquáticas, mostram-se como alternativa para minimizar os efeitos nocivos ao meio ambiente. O presente estudo objetivou investigar o desempenho de Eichhornia crassipes e Salvinia auriculata no pós-tratamento de efluentes suínos. O experimento foi conduzido em duas etapas, a primeira de cultivo das macrófitas e a segunda com instalação do experimento no setor de suinocultura do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro – IFTM campus Uberaba. O Delineamento utilizado foi Inteiramente Casualizado (DIC) em esquema fatorial 3x2, sendo três plantas (Controle, S. auriculata e E. crassipes) em dois tempos (15 e 30 dias) com quatro repetições. Os parâmetros monitorados foram Cor, Turbidez, Condutividade, pH, DQO, Fosfato, Nitrogênio Amoniacal, Nitrito e Nitrato. As análises indicam a necessidade de pós-tratamento do efluente proveniente da suinocultura. Não houve melhora significativa em pH e DQO em comparação ao efluente inicial. O tratamento Controle, sem plantas, apresentou os melhores valores para remoção de Condutividade (68%), Nitrogênio Amoniacal (93,2%) aos 30 dias, Nitrito (50%), Nitrato (94,4%) e Fósforo (88,83%), enquanto Cor aumentou em 50% em todos os tratamentos. E. crassipes é indicada na remoção de Nitrogênio Amoniacal aos 15 dias e Turbidez, enquanto o próprio tempo já é suficiente para remover Nitrogênio Amoniacal aos 30 dias, Nitrito, Nitrato, Condutividade e Fósforo em sistema estanque. O que sinaliza para a importância de se acrescentar o tratamento Controle, sem plantas, a fim de se comparar a real eficiência de macrófitas aquáticas no tratamento de efluentes.