O presente trabalho teve como objetivo testar a eficácia de métodos de cálculo da carga sólida fluvial em rios de leito rochosos, em bacias com diferentes tipos de uso da terra, na bacia do rio Cascavel, (BHC) e em quatro de suas sub-bacias, sendo três localizadas na área urbana, e uma na área rural, Guarapuava/PR. A partir de dados hidrossedimentológicos medidos em dezoito eventos de chuva entre junho de 2015 e novembro de 2016, aplicou-se e avaliaram-se os métodos indiretos de cálculo da descarga sólida total fluvial de Colby (1957), Karin (1998), Engelund e Hansen (1997), e Cheng (2002); e analisou-se a dinâmica de sedimento em suspensão na ascensão do hidrograma. O método de Cheng (2002) foi o que apresentou melhores resultados na estimativa da descarga sólida total na seção da BHC, com uma diferença percentual (DIF) de 67,77%, quando comparado com dados medidos. Para as sub-bacias da BHC a relação da descarga medida com a calculada variou de evento para evento e de bacia/sub-bacia. Constatou-se não haver um método indireto de cálculo da descarga sólida total mais indicado para rios de leito rochosos, uma vez que a eficiência dos métodos variou nos eventos e nos locais. A produção específica de sedimento em suspensão média mensurada na ascensão do hidrograma foi maior na SBHBP, 204,5 t/horas/km², seguidas pelas SBHE 78,5 t/horas/km², SBHCQ 50,3 t/horas/km², SBHM 16,1 t/horas/km², e BHC, 9,4 t/horas/km². O transporte de sedimento fluvial mostrou-se complexo, e está associado às especificidades do local e as formas de manejo do solo. Dessa forma, recomenda-se a validação dos métodos indiretos de cálculos da descarga sólida total em cada seção e em diferentes condições hidrológicas e de manejo do solo, por meio de comparação com dados medidos em campo.