O termo pessoa idosa é definido pela Organização Mundial de Saúde como indivíduos que possuem acima de 60 anos em países considerados subdesenvolvidos ou em desenvolvimento. O processo de envelhecimento envolve declínios em várias funções fisiológicas, e apesar de ser um processo biológico natural se encontra associado a inúmeras alterações nos diferentes sistemas corporais existentes. Este estudo analisou o perfil alimentar e nutricional dos idosos assistidos pelo Programa do Núcleo de Atenção a Saúde da Cooperativa de Trabalho Médico de Patos de Minas-MG. Participaram do estudo 31 idosos de ambos os sexos com idade entre 60 e 83 anos. O consumo alimentar foi avaliado pelo recordatório 24 horas (R24h). Foi utilizado também o questionário “Como está a sua alimentação” do Ministério da Saúde relacionado à qualidade alimentar dos entrevistados. As variáveis antropométricas examinadas foram: peso, estatura, Índice de Massa Corporal (IMC), Circunferência da Cintura (CC), Dobra Cutânea Tricipital (DCT), Circunferência do Braço (CB) e Circunferência Muscular do Braço (CMB). Em relação ao consumo alimentar dos idosos obteve-se uma média de ingestão de 1.487,73 kcal/dia, atingindo 62,00% de adequação para carboidratos, 95,38% para lipídeos e 12,00% para proteínas. A ingestão de cálcio atingiu somente 40,54% da adequação, a vitamina C e E apresentaram resultado ainda menor de adequação com 39,84% e 11,06%, respectivamente. A análise das respostas do questionário observou-se que 61,29% dos idosos devem ficar atentos com a qualidade da alimentação. Apesar da maior parcela de idosos apresentarem a classificação do IMC adequada (48,39%), a frequência de obesidade pode ser considerada alta, com 41,94%. E CC também foi elevada, sendo que 54,84% dos idosos apresentaram risco elevado para desenvolvimento de doenças cardiovasculares. A DCT apresentou maior classificação para obesidade (35,48%), seguida de eutrofia (22,58%), sobrepeso (16,13%) e desnutrição leve (25,81), obtendo maior concentração de gordura corporal. Quando avaliado os valores da CMB estes apresentavam maiores índice de normalidade (90,32%), enquanto que apenas 9,68% dos idosos apresentaram desnutrição.