A cerveja é produzida pelo homem desde a antiguidade, com relatos confirmados dos meados de 6000 a.C. Em nosso país, Brasil, o habito populacional de consumir cerveja teve início durante o século XIX e com o passar dos anos, o consumo de cerveja pela população brasileira vem aumentando e o produto ganhando destaque despertado a procura por novos produtos a serem oferecidos aos consumidores no mercado cervejeiro, principalmente com as cervejas artesanais. O objetivo geral deste trabalho foi elaborar por meio de um processo artesanal uma cerveja ALE utilizando polpa do fruto de Açaí (Euterpe oleracea Mart.) no processo produtivo para agregar sabor, cor e aroma. A cerveja foi preparada por meio dos processos de brassagem, fermentação, maturação, priming e engarrafamento. O uso de polpa de açaí resultou em cinco formulações de cervejas e uma testemunha, sendo as mesmas denominadas como A0 (testemunha), A50 (50g) A100 (100g) A200 (200g) A300 (300g) e A400 (400g). Realizou-se as análises físico-químicas para caracterização das cervejas. Os dados foram tratados estatisticamente de forma descritiva e em seguida realizada análise de variância. Quando constatada a significância pelo teste F, os tratamentos foram comparados pelo teste de Scott-Knott, ao nível de 5 % de probabilidade. A média geral de acidez total foi de 3,994 mEq L-1,sendo a acidez volátil média de 0,060 mEq L-1 e a acidez fixa com média foi de 3,928 mEq L-1, a umidade encontrada na cerveja artesanal adicionada de polpa de Açaí foi em média 99,948%. O índice de cor médio dos tratamentos analisados foi de 7,485, sendo todas as amostras iguais estatisticamente. Apesar de a quantidade de cinzas variar quando analisados os dados, não houve diferença estatística para comprovar alteração causada pela adição da polpa, sendo a média geral de 0,473. O pH encontrado no tratamento testemuha foi semelhante as concetrações A100, A200 e A400, sendo A50 e A300 diferentes das demais, sendo em média 4,405. A classificação de cor pelo método EBC foi em média 21,927, caracterizando o produto como escuro. O grau alcoólico (GA) do produto deste estudo variou de acordo com a adição da polpa de Açaí, sendo A0 (testemunha) e A50 com teor alcoólico de 6,200, e as demais concentrações com teor alcoólico de 4,800. A Cerveja obtida neste estudo foi tipo Ale, de alta fermentação, concluindo que a adição da polpa de Açaí como agente de aroma, sabor e cor contribuiu para uso do fruto como atrativo potencial a ser explorado pelas fábricas; As análises físico-químicas realizadas mostraram que a adição da polpa de Açaí não prejudicou as características principais do produto final, estando de acordo com a legislação brasileira para cervejas.