Frutos comestíveis que contenham água suficiente, açúcar e outros nutrientes, podem servir como matéria-prima para a produção de vinhos de qualidade. Este trabalho teve como objetivo desenvolver o fermentado da fruta calabura (Muntingia calabura Linn.), realizar análises físicas e físico-químicas e comparar com a legislação brasileira para bebidas fermentadas. As amostras foram coletadas no Instituto Federal do Triângulo Mineiro (IFTM) Campus Uberlândia, Uberlândia-MG (18° 55' 08" S 48° 16' 37" O). O processo de fermentação da fruta inteira foi feito com a levedura Saccharomyces cerevisiae ICV D47 (Lalvin®), livre de OGM e de glúten, com viabilidade de 97,0%. A fermentação foi conduzida à temperatura controlada, com medidas diárias do °Brix, pH, acidez total titulável, cor e densidade em esquema fatorial (9 x 3) com 9 períodos de fermentação e 3 dornas com 3 repetições, totalizando 81 parcelas experimentais. O mosto do vinho foi filtrado e o fermentado engarrafado, pasteurizado e armazenado a 5,0 °C ± 0,4 °C por 138 dias. Outros parâmetros, tais como, grau alcoólico, açúcares totais, açúcares redutores, sacarose residual, cinzas, alcalinidades das cinzas, extrato seco, extrato seco reduzido, relação álcool/extrato seco reduzido, cloretos e cor, em triplicata, foram realizadas de acordo com a metodologia convencional do Instituto Adolfo Lutz (2008). Os resultados das análises dos parâmetros físicos e físico-químicos foram expressos em médias e desvios-padrões. Todos os parâmetros do vinho foram consistentes com a legislação brasileira. De acordo com a legislação brasileira o produto obtido foi um vinho branco suave.