A água é de fundamental importância para a manutenção da vida e para o desenvolvimento econômico, sendo assim deve seguir padrões de qualidade, que no Brasil são definidos pela Portaria do Ministério da Saúde nº 2914. O tratamento de água e efluentes industriais ou domésticos é, na maioria das vezes, uma prática relativamente complexa. Como todo processo industrial, o tratamento de água e efluentes acarreta impactos aos sistemas naturais e em alguns casos transformações indesejáveis ao ambiente natural. O objetivo do presente estudo foi elaborar um extrato coagulante a partir da casca do eucalipto (Eucalyptus Grandis) e avaliar a viabilidade técnica da sua utilização como coagulante no tratamento de águas residuárias provenientes do ponto de descarga da estação de tratamento de esgoto do IFTM-Uberlândia e de amostras que simulam uma água do período de chuvas (Pluvial). A extração e análise da eficiência de taninos, obtidos a partir do eucalipto, foi realizada no laboratório de Físico-química do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro IFTM – Uberlândia. Para a comparação dos resultados empregou-se um coagulante natural disponível no mercado, tanfloc SG. Posteriormente a extração de taninos de casca de eucalito, foi realizados ensaios em jar test com dois coagulantes em seis concentrações e três repetições para cada amostra de água utilizada. As concentrações foram obtidas através de pré-testes, estabelecendo o volume ideal para os dois coagulantes. Para o Eucalipto e Tanfloc, estabeleceu-se os volumes de 0,0; 0,5; 1,0; 1,67; 2,0 e 2,53 mL/L de água residuária ou água bruta a ser tratada. Os ensaios foram realizados em jar teste a 100 rpm para 1 minuto de mistura rápida, 50 rpm para 15 minutos de mistura lenta e 15 min em repouso, para sedimentação. Pôde-se observar que não houve diferença significativa pelo teste de Tukey, a nível de 5% de significância, em relação a água residuária, antes e após o tratamento com o extrato de eucalipto. Assim sendo, o extrato de eucalipto mostrou-se ineficiente no tratamento da água bruta coletada no córrego Bebedouro e água pluvial simulada no laboratório.