As causas do crescente número de casos de sobrepeso e obesidade são multifatoriais, dentre
eles podem-se citar fatores genéticos, idade; questões ambientais, emocionais e ocupacionais;
e mudanças desfavoráveis na alimentação e atividade física; que podem agir isoladamente ou
em conjunto. Este estudo teve por objetivo avaliar o perfil nutricional, os hábitos alimentares e
estilo de vida de policiais militares no NAIS da 5ª Região da Polícia Militar/5ª Gerência
Regional de Saúde/PMMG na cidade de Uberaba/MG. Tratou-se de um estudo de delineamento
transversal e observacional, de natureza descritiva, e com abordagem quantitativa. A coleta dos
dados foi realizada com 117 policiais militares, de ambos os sexos, em escala administrativa e
operacional. Foram utilizados formulários contendo informações das seguintes variáveis: dados
socioeconômicos, características clínicas, atividade física, dados antropométricos, questionário
de hábitos alimentares e estilo de vida. Foi avaliado o perfil nutricional conforme as faixas de
classificação do Índice de Massa Corporal (IMC) e Circunferência da cintura (CC) para adultos,
segundo os parâmetros propostos pela Organização Mundial de Saúde. Os dados foram
organizados e tabulados pelo software Microsoft Office Excel® 2007 e software BioEstat 5.3.
Para análise de associação entre as variáveis, foi utilizado a média, desvio padrão, coeficiente
de correlação de pearson, diagrama de dispersão e o teste de significância para igualdade de
duas médias. A maioria dos policiais era do sexo masculino, casados, com ensino médio
completo e com 11 a 20 anos de atuação na polícia. Observou-se alta frequência de excesso de
peso (68%) entre os policiais militares avaliados e obesidade abdominal com maior prevalência
entre o sexo masculino (71,83%) e nos que trabalham em escala operacional. Foi observada a
correlação positiva entre o IMC e CC. A maioria dos policiais militares (91,5%) realiza as
refeições na residência. Na distribuição da frequência alimentar, a grande maioria apresentou
um baixo consumo de alimentos nutricionalmente adequados. Constatou-se comportamentos e
sintomas como ansiedade, estresse, prática de atividade física insuficiente e alimentação não
balanceada, que precisam de um cuidado e orientação. Sugere-se intervenções continuadas de
educação alimentar e nutricional, atividade física e qualidade de vida visando o cuidado do
bem-estar físico e mental desse grupo.