A música sempre esteve presente na vida do ser humano nos rituais religiosos, celebrações e hoje é parte do cotidiano. No entanto, a utilização dos sons que compõem as escalas musicais não é aleatória. A história mostra que os antigos produziam música com sons pré-definidos em seus instrumentos e que as notas musicais possuíam relações matemáticas entre si. A Escala Temperada usada atualmente é fruto de uma concepção discreta dos sons. Mas por que tais notas, qual o critério para escolher determinados sons e desprezar outros? Por que há diferentes notas musicais em outras culturas, mas, ainda assim, composta por sons pré-selecionados? Por que certos sons se combinam formando harmonias consonantes e outras dissonantes? Como a Música Ocidental evoluiu desde Pitágoras até os dias atuais culminando numa escala de doze notas por oitava? Seria possível construir uma escala musical com mais de doze notas por oitavas e, em caso afirmativo, qual seria o número máximo? É possível obter outras afinações além do temperamento da Música Ocidental? As Leis da Física explicam como o ouvido percebe o som? Mostraremos neste trabalho como o ensino de física pode contribuir para a compreensão das propriedades sonoras e das notas musicais e resolvendo estas questões através de simples aplicativos de celulares e computadores.