A uvaia (Eugenia pyriformis Cambess) é um fruto que apresenta estrutura frágil e alta taxa de atividade respiratória, resultando em uma conservação pós-colheita relativamente curta do fruto in natura. No Brasil, é utilizada principalmente para consumo da fruta in natura, fabricação de geleia e polpa congelada da fruta. Além disso, uma opção para o processamento da fruta é o fermentado de uvaia. Este estudo teve como objetivos desenvolver o fermentado da fruta uvaia, realizar análises físicas e físico-químicas e comparar com a legislação brasileira para bebidas fermentadas. Para ajuste dos níveis de açúcar no mosto de uvaia, foi adicionado açúcar até 25,0 °Brix. O pé-de-cuba foi realizado inoculando-se Saccharomyces cerevisiae Lalvin® ICV-D47), em três recipientes de vidro com 100,0 mL de mosto. A fermentação foi conduzida em ambiente com condições de temperatura controlada, medidas diárias do °Brix, pH, acidez total titulável, cor e densidade, em triplicata, durante o período de fermentação de 18 dias, sob o delineamento estatístico em esquema fatorial (18 x 3) com 18 períodos de fermentação e 3 dornas com 3 repetições, totalizando 162 parcelas experimentais. O fermentado foi engarrafado, pasteurizado e armazenado sob refrigeração (5,0 °C ± 1,0 °C) por 6 meses. Análises físico-químicas dos parâmetros ao teor de sólidos solúveis totais, pH, densidade, acidez total titulável, acidez volátil, acidez fixa, extrato seco a 100,0 °C, cinzas, alcalinidade das cinzas, teor alcoólico, açúcares redutores, açúcares totais, sacarose, sulfatos, anidrido sulfuroso total, cloretos e cor, foram realizadas de acordo com a metodologia convencional (Instituto Adolfo Lutz). Os resultados dos parâmetros das análises físico-químicas do vinho foram expressos como médias e desvios-padrões. Os valores das análises físicas e físico-químicas se apresentaram dentro dos limites normais estabelecidos pela Legislação Brasileira para fermentados de frutas. De acordo com a Legislação Brasileira o produto é um vinho de mesa branco seco.