O soro de leite gerado como resíduo da produção de queijos foi por muito tempo considerado o vilão da indústria de laticínios e com o passar dos anos, estudos mostraram o potencial e a riqueza de nutrientes do soro antes totalmente desperdiçado. Desde então o soro vem sendo utilizado como matéria prima na produção de diversos tipos de alimentos, e cada vez mais as indústrias buscam formas de um maior aproveitamento do mesmo. Este trabalho teve como objetivo desenvolver uma Bebida Láctea Pasteurizada adicionada de um mix de vitaminas (0,5%) em quatro formulações usando diferentes concentrações de soro de leite (S50-50%, S60-60%, S70-70%, S80-80%). O desenvolvimento das formulações foi realizado em triplicata em uma indústria de laticínios de Minas Gerais, onde foram avaliados os teores de gordura e proteína obtidos e comparados com a legislação vigente, também foram analisados outros parâmetros tais como, acidez, pH, densidade, crioscopia, cinzas, umidade e parâmetros microbiológicos (aeróbios mesófilos, Coliformes (35ºC) e Coliformes (45ºC). Os valores obtidos nas análises de proteína ficaram acima do mínimo estipulado pela legislação que é de no mínimo 1,7g/100g de proteína de origem láctea, variando entre 2,72 g/100g de produto (S50) a 2,17 g/100g (S80). Os valores para Gordura para os tratamentos S60, S70 e S80 não atingiram o mínimo estipulado pela legislação que é de 2g/100g de matéria gorda de origem láctea. No tratamento S50 obteve-se o valor de 2,27g/100g. Os resultados microbiológicos mostraram que o processo de pasteurização e as normas de Boas Práticas de Fabricação adotadas garantiram que todos os resultados estivessem dentro dos padrões da legislação.