Este estudo teve por objetivo adaptação e aplicação de uma metodologia de Fragilidade Ambiental, visando facilitar tanto a execução dos mapas como a sua interpretação e aplicação, além de verificar as relações existentes entre a fragilidade ambiental e a qualidade dos recursos hídricos. Para isso procedeuse a uma avaliação detalhada dos parâmetros adotados na metodologia original proposta: solos, declividade, cobertura vegetal e uso da terra, bem como a apresentação do resultado final em categorias de fragilidade, que melhor representasse as condições observadas em campo. Desse modo, além da análise dos parâmetros originais e proposição de novas ponderações, esta pesquisa procedeu à aplicação da metodologia adaptada à Unidade Hidrográfica do Piraponema e à verificação da sua eficiência por meio de levantamentos de campo e comparação com outras formas de previsão de erosão. Nesse sentido, a metodologia foi capaz de refletir os aspectos naturais e antrópicos (uso da terra) de modo integrado e demonstrou ser uma metodologia simples, tanto em termos de execução quanto de representação e interpretação. O mapa de Fragilidade Ambiental obtido mostrou ser um instrumento capaz de auxiliar a gestão de bacias hidrográficas, capaz de contribuir para o diagnóstico e prognóstico ambiental, fornecendo subsídios para a tomada de decisão. Em paralelo foi realizado o monitoramento da qualidade da água, em 11 pontos da Unidade Hidrográfica do Piraponema (bacias hidrográficas do Pirapó, Paranapanema III e Paranapanema IV), no período de janeiro a dezembro de 2014. A qualidade da água foi avaliada por comparação com os padrões estabelecidos na Resolução CONAMA nº 357/2005. Os resultados obtidos com o monitoramento da água demonstraram que, por muitas vezes, o fósforo total, oxigênio dissolvido, a demanda bioquímica de oxigênio, coliformes termotolerantes, apresentaram inconformidade com o estabelecido pela Resolução, além disso, as características do Índice de Estado Trófico definiram as bacias analisadas em supereutrófico e hipereutrófico. Dessa forma, conclui-se, que o ecossistema aquático da Unidade Hidrográfica do Piraponema está seriamente comprometido, e, que a fragilidade ambiental se refletiu também na qualidade da água.