A Doença Aterosclerótica é uma doença difusa, que está fortemente associada à idade, fatores de risco e progressão variável. A prevalência anatômica dos ateromas nem sempre seguem uma sequência por setores e em muitos casos são concomitantes. Este trabalho tem como objetivo o estudo da aterosclerose em territórios arteriais das carótidas e de membros inferiores, a fim de correlacionar a extensão destes como forma de prevenção. Participaram pacientes com presença dos principais fatores de risco para Doença Ateroscerótica, e foram compostos dois grupos: um com Doença Arterial Obstrutiva Periférica Crônica (DAOP) e outro sem DAOP. Após realizar Ultrassom Doppler de Carótidas e Vertebrais (USD) de todos os pacientes, a prevalência ocasional da doença foi avaliada. Obtendo o N de 226 pacientes, no qual 113 pacientes são do grupo DAOP e 113 pacientes são do Grupo Sem DAOP, foram pareados por idade e gênero, contendo 116 homens e 110 mulheres, em proporções iguais em cada grupo. Os achados somam 8,8% para lesões acima de 50% em pacientes com DAOP, sendo 6,2% acima de 70% que vão ao encontro dos poucos achados científicos publicados. Considerando que a Cardiologia realiza o estudo de extensão da aterosclerose para o território Carotídeo, no paciente com Doença Aterosclerótica Coronariana (DAC), com uma taxa próxima de prevalência de doença grave de Doença Aterosclerótica Extracraniana (DEC) tanto para DAOP, é possível obter dados para correlacionar o estudo de extensão para DAOP. Neste estudo a correlação foi avaliada entre DEC e DAOP, na qual se observou associação positiva. Verificou-se nos estudos, que as prevalências de estenose moderada e grave de carótidas foram semelhantes, em pacientes com DAC e DAOP. Existem inúmeros fatores de risco não clássicos que não foram avaliados, mas mesmo estudando os tradicionais, constatou-se que estes têm dependência em menos de 27% na lesão carotídea. Sendo assim, o estudo propõe uma melhora na abordagem clínica dos pacientes com DAOP, tanto para o território da carótida e da coronária, não utilizando apenas 2 fatores de riscos tradicionais, para o estudo de extensão, e considerar a DAOP que tem dependência de 10% isoladamente, como efeito e projeção da placa aterosclerótica carotídea.