A cultura da beterraba está entre as hortaliças mais consumidas, e devido a crescente escassez de água, se torna necessário à economia por meio do manejo de irrigação associado a doses de nitrogênio (N), para uma boa colheita. O objetivo do trabalho foi avaliar o rendimento de beterrabas em função de déficits hídricos e doses de N. O experimento foi conduzido no Instituto Federal do Triângulo Mineiro - Uberaba, MG, em blocos casualizados (DBC) com 16 tratamentos e quatro repetições, em esquema fatorial 4x4, sendo quatro déficits hídricos (0,1; 0,3; 0,5 e 0,7) e quatro doses de N (50, 100, 150 e 200 kg ha-1), totalizando em 64 parcelas. Para obtenção das lâminas de irrigação, utilizou o modelo de Hargreaves com base em dados meteorológicos coletados no IFTM – Campus de Uberaba/MG. O transplantio das mudas de beterraba foi realizado no dia 12 de abril de 2019, e a colheita foi realizada no dia 08 de julho de 2019. Após a colheita foram realizadas as análises de altura de plantas, diâmetro da raiz, massa seca de raízes, teor de N foliar, pH das raízes, sólidos solúveis totais das raízes, acidez total titulável das raízes e produtividade. Para as variáveis altura de plantas, diâmetro de raízes, pH das raízes e acidez total titulável das raízes os resultados encontrados não foram significativos. Já para as análises de massa seca de raízes e produtividade houve significância nas doses de N, as retas cresceram linearmente até a dose máxima de N. E por fim, a variável sólidos solúveis totais das raízes houve interação entre os tratamentos, em que para as doses de N houve efeito ao irrigar com os déficits 0,3 e 0,7 e para os déficits para todas as doses exceto a dose de 50 kg ha-1. Pode-se concluir que a dose de 150 kg ha-1 N tem maior acúmulo de N foliar que transformará em energia para as plantas; a dose de 150 junto ao déficit 0,3 tem maior teor de SST nas raízes; e por fim o déficit 0,7 associado à dose de 200 kg ha-1 de N proporcionou maior produtividade.